Especial: Melhores Filmes de Keanu Reeves

Nesta semana, estreia John Wick 3: Parabellum. Estrelado por Keanu Reeves (Advogado do Diabo), o longa encerra a trilogia de ação, que começou em 2014. Dando continuidade às aventuras e loucuras da franquia, agora o protagonista tem pouco tempo para organizar sua fuga, pois ele será banido da comunidade do crime. Assim, qualquer assassino que desejar poderá matar Wick e ainda receberá um recompensa milionária por isso.

O ponto alto do longa continua sendo a personalidade da personagem principal e suas lutas surreais. Em dado momento, ele até usa um cavalo com escudo e arma, mas sem machucar o bicho, claro. O carisma de Reeves, ainda que ele seja, majoritariamente, um ator de “uma cara só”, é notável durante a projeção. Seu ar misterioso, badass e sereno ao mesmo tempo, são sua marca registrada durante sua carreira. Pensando nisso, o Coisa de Cinéfilo elencou os melhores filmes do ator! Confira!


5 – A Casa do Lago (2006):

Remake do filme Il Mare, da Coréia, a produção foi o retorno da parceria de Sandra Bullock (Miss Simpatia) com Keanu Reeves. O romance narra a história de duas pessoas que se comunicam por cartas durante um longo tempo e acabam se apaixonando. O detalhe é que ele está em 2004 e ela em 2006. A temporalidade desconexa é a parte mágica da narrativa. Apesar da crítica ter sido dividida na sua época de estreia, o longa possui muitas qualidades, como um roteiro bem amarrado e escolhas de luz de contribuem para a atmosfera da projeção. Neste trabalho, Keanu apresenta uma tranquilidade maior para estar em cena. Talvez, porque estivesse um tanto mais velho, ele conseguisse controlar mais as tensões que demonstrava anteriormente. Uma das sensações, além do rosto com menos expressividade, que Reeves passa é de que está tenso enquanto atua. Contudo, nesta obra, ele parece mais seguro e confiante. Um detalhe que pode ter mudado seu comportamento também é estar ao lado de Bullock, atriz que já havia contracenado em 1994, em Velocidade Máxima.


4 – Ligações Perigosas (1988):

Dirigido por Stephen Frears (A Rainha) e vencedor de três Oscars, o filme é uma adaptação da obra homônima francesa de Chordelo de Laclos. Lançado no século 16, o livro mostra um ambiente cheio de traições, trapaças e armações. O foco do enredo é a ambição e maldade da Marquesa de Merteuil (Glenn Close). Neste mundo, a personagem de Keanu Reeves, Cavaleiro Danceny, é mais um ingênuo enganado. Seu rosto, naquela época, era bastante angelical, o que passava, sem grandes esforços de atuação, uma expressão doce e de quem se ilude facilmente.


3 – De Volta ao Jogo (2014):

Esta é a história onde tudo começou para o John Wick. Depois de ter perdido recentemente a sua esposa, o cachorrinho da casa foi tudo que restou. Porém, bandidos entram na sua residência e matam o cão. O que eles não sabiam é que Wick era um matador profissional aposentado. Este é o melhor papel da carreira de Reeves, porque o ator consegue imprimir as emoções necessárias para a personagem, utilizado as ferramentas de atuação que ele possui e indo além disso. Keanu não é muito conhecido pela sua expressividade facial ou por trazer “colorido” ao texto. No entanto, nesta projeção as emoções fluem na tela. Seus olhares focados e seu corpo cambaleante pela dor dos ferimentos de combate dão a carga dramática que ele precisa.


2 – Drácula de Bram Stoker (1992):

Dirigido por Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão), o filme é uma adaptação da obra homônima de Bram Stoker. Dentro do gênero de terror, a obra vai além de sua própria premissa e não só assusta por possuir uma figura que provoca medo como protagonista, mas por inserir uma atmosfera de tensão durante as duas horas de projeção. Aqui, Reeves é o mocinho ingênuo, Johnathan. No papel, ele consegue até trazer certa empatia e nuances de tolice jovial na sua personagem. O longa venceu três Oscar, em 1993.


1 – Matrix (1999):

Criado pelas irmãs Wachowski (Sense 8), o filme conta com um mundo distópico, comandado pelas máquinas, no qual existe um grande salvador: Neo (Reeves). Vencedor de quatro Oscar, o longa é considerado uma grande revolução no cinema, pois trouxe efeitos técnicos inovadores, como o Bullet Time, por exemplo. Além disso, a produção conta com um discurso profundo e imbuído de teorias filosóficas de grandes pensadores. O projeto ganhou duas sequências, Matrix Reloaded (2003) e Matrix Revolutions (2003), além de um spin-off, Animatrix (2003) e dois games Matrix Online e Enter the Matrix. Todo um universo transmidiático bem elaborado foi criado e a fama da franquia perdura até hoje. Reeves como o “Escolhido” não trouxe nenhum elemento diferente de suas costumeiras performances, mas seu estilo de atuação cabe para o papel. A atmosfera meio seca da trilogia, juntamente com o status de confuso que o protagonista possui, ajuda o ator a não passar vergonha.


Bônus “É ruim, mas é bom” – Doce Novembro (2001):

Cheio de clichês do gênero e com saídas fáceis, a comédia romântica não pode ser chamada de ruim, de fato. Este fator se dá pelo carisma de Keanu Reeves e Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria) e a química da dupla em cena. Embalados pela canção “Only Time”, de Enya, o casal passa por momentos de alegria fugaz e de tristeza profunda. O que parece ser bem bobinho em Sarah, personagem da Theron, vai se revelando profundo. Já Reeves, novamente, se vale de sua inexpressividade expressiva. A necessidade de sua personagem ser um empresário frio que vai se tornando um romântico bobinho, acaba casado com as possibilidades faciais que o ator apresenta. O longa entra na lista por uma questão de afeto e porque é uma daquelas produções que vale ver numa tarde chuvosa!

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