Crítica: Um Homem Fiel – Festival Varilux de Cinema Francês

Depois de Dois Amigos, Louis Garrel retorna a frente e por trás das câmeras de Um Homem Fiel drama sobre as desventuras amorosas de um triângulo formado por ele, Laetitia Casta e Lily-Rose Depp. O filme tem o roteiro assinado por Garrel e por Jean-Claude Carrière e narra a história de Abel e Marianne, casal que se separa após a revelação da infidelidade dela, que se descobre grávida de Paul, um amigo dele. Anos depois, quando Paul morre, Abel reencontra Marianne, mas também Ève, irmã mais nova do falecido que se diz apaixonada por ele desde a adolescência.

Interpretando um tipo certinho e crédulo em qualquer coisa, o Abel de Louis Garrel faz jus ao adjetivo do título, estando sempre à disposição do grupo de personagens que compõem a história para suprir suas carências amorosas, talvez daí o magnetismo do bom moço interpretado pelo ator. Isso acontece tanto com as duas personagens femininas da história, quanto com o menino Joseph Engel, que inicialmente reluta em aceitar Abel junto com sua mãe Marianne e até o manipula, mas que logo se desarma com a possibilidade do rapaz ser seu novo padrasto.

O drama de relacionamento é conduzido com humor por um roteiro que articula bem seu grupo de personagens e seu trânsito pela história. Simpático, mas também ocasionalmente estranho e particular na sua lógica de construção da dinâmica entre seus personagens, Um Homem Fiel é um filme modesto, mas muito assertivo, seguro, naquilo que propõe, tornando notável não só o desempenho de Garrel na pele do seu simpático galã como também seu esforço de dirigir um filme que procura o incomum num tipo de história que costuma ser carregada pelo clichê em outros exemplares.

Direção: Louis Garrel
Elenco: Louis Garrel, Laetitia Casta, Lily-Rose Depp, Joseph Engel, Diane Courseille, Vladislav Galard, Bakary Sangaré, Kiara Carrière, Dali Benssalah

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