Crítica: Pequena Grande Vida

O longa Pequena Grande Vida traz uma proposta de reflexão sobre as necessidades do ser humano e as mudanças que podem e devem ser feitas em prol de uma convivência mais harmoniosa com o meio ambiente e as pessoas ao nosso redor. No entanto, o resultado final não é lá essas coisas e deixa muito a desejar.

Cientistas descobrem a possibilidade de reduzir o tamanho dos humanos, sem prejudicar sua saúde ou trazer efeitos colaterais. Com isso, vários problemas como a emissão de gases no ambiente, produção de lixo e dinheiro são solucionados, já que as dimensões dão conta de tudo isso. Passam alguns anos e nosso protagonista opta pela redução, para resolver sua vida sempre meeira e sem graça, onde ele batalha para sobreviver entre dívidas.

A ideia leva um pouco de inspiração no filme A Vida Secreta de Walter Mitty, pelo menos ao meu ver. Existe uma busca pelo conhecimento interno, mudanças de personalidade, auto-aceitação. Tudo isso em uma viagem transformadora do protagonista, que foi largado pela mulher que desistiu da diminuição de tamanho depois que ele já tinha passado pelo processo irreversível.

A proposta é boa, porém não é executada da melhor forma. Existem muitos pontos que não são explanados direito e o protagonista é pouco carismático, dando ao espectador um pouco de dificuldade em criar empatia. Apesar de um elenco interessante, composto por atores como Matt Damon, Christoph Waltz e Kristen Wiig, temos a sensação de que eles são subaproveitados e sofrem com um roteiro fraco.

Para compensar esta falha narrativa, o roteiro fica muito emotivo e forçado em diversos momentos, fugindo à proposta original apresentada no trailer e na primeira parte do filme. Se essa mudança fosse feita para algo maior e melhor, seria excelente. Mas não é, efetivamente, o que acontece. Vemos personagens perdidos, histórias sem nexo e uma temática bem pouco atrativa. Fica tudo meio decepcionante. Uma pena!

Assista ao trailer!