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Crítica: Hotel Artemis

Hotel Artemis é um filme com cenário diferente e estranho que traz diversos gêneros cinematográficos ao mesmo tempo. Em uma realidade abstrata, mas nem tão impossível, ao ano é 2028 e as pessoas estão brigando nas ruas pelo direito a água de qualidade. Em meio a esse caos, o Hotel Artemis funciona como um oásis para criminosos de alto padrão que são associados. O Artemis é, na verdade, uma espécie de hospital que cuida daqueles foras da lei que não podem recorrer ao tratamento convencional. Com alta tecnologia e funcionários extremamente profissionais, o local acaba virando um refúgio. Confira a crítica Hotel Artemis!

A história em si é muito interessante. Desde o início, o diretor Drew Pearce (que foi roteirista de Missão: Impossível – Nação Secreta) cria um clima de tensão genuína e crescente no espectador. Além de atrativa, a história é intrigante, pois vai se desdobrando aos poucos, como peças que vão se encaixando. Vários personagens surgem e se conectam aos poucos, prometendo um final de alto padrão.

Com Jodie Foster na liderança do elenco, o quesito atuação realmente não deixa a desejar. Ela, por si só, é um presente ao espectador, que desfruta cena após cena de uma personagem cheia de traumas e manias. O próprio Hotel funciona como um personagem, pois chega a ter personalidade própria e vontades. É bem interessante acompanhar essa dinâmica.

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Além deles, Sterling K. Brown que ocupa o lugar de primeiro cliente que aparece na trama, correndo para salvar a vida de seu irmão. Vale ressaltar ainda que, para um hospital de criminosos, o lugar tem várias regras, que são respeitadas por todos. Temos também Dave Bautista (o querido Drax de Guardiões da Galáxia) que também traz uma importante composição da trama.

Transitando entre o passado e o futuro, Hotel Artemis confunde o espectador ao criar uma realidade paralela e confusa. Enquanto a decoração é antiquada e as atitudes das pessoas são primitivas, a tecnologia utilizada a maior parte do tempo é de primeira e futurista.

Além disso, ele aposta em uma narrativa que se passa quase que o tempo todo dentro de um espaço fechado e um tanto claustrofóbico. Pearce faz isso muito bem e utiliza esses elementos em prol da própria proposta de criar tensão no espectador. Os diferentes personagem se conectam de uma forma muito natural e dão mais intensidade ao estilo do longa, que é o mais diverso possível.

O grande problema, no entanto, é na finalização da película. Se ao longo da trama, o espectador vai cultivando uma tensão pesada, ao final, tudo isso cai por terra. Perdendo o ritmo, o filme ignora um ápice que era extremamente necessário e deixa um sentimento de falta no público. Vale a pena, sim, especialmente pela atuação de Jodie Foster. Mas é um tanto frustrante a maneira como termina.

Assista ao trailer!