estreias do cinema

Crítica: Cinderela Pop

Chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 28 de fevereiro, o filme Cinderela Pop, com Maisa Silva. O longa nacional é uma releitura estilizada do clássico da Disney que conta com uma jovem que é renegada pela madrasta e as duas filhas dela, tendo que trabalhar na rotina da casa e sem um minuto de lazer. Neste Pop, Maisa é Cintia Dorella, uma adolescente que passa a desacreditar no amor depois de ver seu pai traindo sua mãe com uma das assessoras. A partir daí, ela vai morar com a tia e tem que lidar com a inveja da nova madrasta e de suas filhas ambiciosas. Tudo isso enquanto sonha em se tornar uma DJ de sucesso.

A forma como o filme começa é bem interessante e atraente aos olhos do espectador. Com uma narração “do futuro”, Cintia vai contando os fatos principais da fatídica festa onde ela (e todos os convidados) descobrem a traição do pai com a sua assessora. O estilo do roteiro é bem afetado, mas isso casa bem com a proposta adolescente da trama. A vilã é diabólica demais, mas a mocinha não é ingênua e sem malícia. Ela entende tudo que acontece e não se rende ao primeiro “príncipe” que aparece na sua frente.

Maisa é uma pessoa muito carismática e gentil na vida real, e consegue passar isso com graciosidade para as telonas. Cada dia que passa ela se firma mais como atriz e vemos isso transmitido em cena. A escolha de elenco como um todo é bem interessante. Mesmo a vilã interpretada por Fernanda Paes Leme que, como disse acima, tem um tom acima do restante do filme, consegue manter a química com toda a equipe. O entrosamento é que faz a trama fluir ainda melhor.

Cinderela Pop

O longa traz ainda discussões importantes sobre amor próprio e o alpinismo social, que fazem com que cenas mais distópicas e infantis passem sem grande problema no contexto final. Funciona muito bem para o público infanto-juvenil, assim como para o público adulto, que vai se identificar em muitas situações e captar as mensagens implícitas.

Cinderela Pop é muito mais sobre a percepção feminina da protagonista sobre todos os fatos que acontecem ao seu redor, do que sobre o amor de um príncipe encantado. Sim, temos um príncipe e ela acaba se apaixonando por ele. Mas esse não é o foco principal do filme e é muito bom que não o seja. Mostra às espectadores infantis o quanto é importante o estudo e a dedicação para alcançar os sonhos, que vão muito além do casamento. Aquilo é apenas uma parte do todo. E esta é, definitivamente, a melhor mensagem do filme.

Assista ao trailer!