Crítica: Star Wars – Os Últimos Jedi

Não sei como começar a crítica de outra forma que não seja: que filme sensacional! Olha, confesso que adoro a saga, mas não sou nenhuma fã inveterada que sabe cada fala e detalhe das trilogias. Mas mesmo assim, a sensação de empolgação é incontrolável em um filme que é tecnicamente bem feito, emocionalmente amarrado e com todas as peças no lugar.

Neste episódio, a Aliança Rebelde luta contra a Primeira Ordem, enquanto Rey vai em busca de ajuda com ninguém menos que Luke Skywalker. Ela se preocupa com o sentimento confuso que cresce dentro de si e começa a ter conexão psíquica com o vilão Kylo Ren.

O roteiro é um presente ao espectador. Bem criado e construído de forma gradativa, cada peça é encaixada com cuidado e nenhuma cena fica sem conexão com o todo. A narrativa é divertida e empolgante, fazendo a sala da pré-estreia vibrar. O filme traz um sentimento de nostalgia bom, de recordação daquele sucesso que foi a primeira trilogia. Ainda assim, tem personalidade própria e traz histórias novas, mesmo que com conexões com as antigas. Acredito que esse é um dos principais pontos que fazem o longa funcionar tão bem.

O cuidado do roteiro com a personagem de Carrie Fisher é um adicional importante. Ela faleceu após as filmagens, mas é como se o filme fosse fazendo um tributo em vida. Emocionante a cada tomada, ela dá força à história e aos personagens, sendo a alma da Resistência. Dá vontade de entrar na tela e abraçá-la de tão boa que é a sensação que fica. Tudo isso graças a um roteiro e uma direção primorosa.

Aliás, a união do elenco é que faz com que o filme seja o sucesso que é. Todos têm sua devida importância e representatividade, não sendo ignorados em momento algum. Desde o mais coadjuvante aos principais. A inserção de novos personagens como DJ, de Denicio Del Toro, Holdo, de Laura Dern e Rose, de Kelly Marie Tran, traz pontos importantes à trama, construindo um cenário de equipe para o próximo longa.

A presença de Mark Hamill vai muito além de agradar aos fãs de plantão. Ele traz o tom de nostalgia, mas tem presença marcante e personalidade precisa na trama. Mesmo que sirva como conexão clara com os longas anteriores, a a presença do personagem não tem apenas esse intuito, criando uma conexão importante com a protagonista Rey.

Como um todo, o filme consegue equilibrar a ação e tensão das batalhas no espaço com o humor de algumas cenas, mas sem parecer forçado. É uma leveza importante que dá um respiro ao espectador. Isso não muda a tensão no final, que culmina em momentos muito importantes e impressionantes. É impossível não vibrar na cadeira do cinema e torcer pelos personagens.

O diretor Rian Johnson, responsável por capítulos das excelentes séries Breaking Bad e Bojack Horseman, confere seu estilo ao filme, mas respeitando o histórico de criação da saga. Ele ousa na execução do roteiro e é muito feliz nesta ação, apresentando um longa marcante e memorável.

Não podemos deixar de citar também o trabalho das áreas técnicas do filme, como a trilha sonora, edição de som e de imagem. Sempre foi uma característica de cuidado da saga Star Wars, que se repete e se fortalece neste episódio.

Star Wars – Os Últimos Jedi é um filme que vai agradar tanto os fãs mais ávidos, como o espectador comum que passa pelo cinema despercebido. É um filme equilibrado, com boa história, boas cenas, atuações excelentes, dentre outras inúmeras qualidades. As quase 3h de duração do filme mais longo da saga passam despercebidas. Nada menos que sensacional!

Assista ao trailer!