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Crítica: Meu Ex É Um Espião

Assistir um filme que mistura comédia e ação ultimamente não é exatamente uma tarefa fácil. Roteiro após roteiro e as pessoas insistem em enfiar goela abaixo do espectador um estilo pré-moldado de como a história deve fluir, como os protagonistas têm que ser e até mesmo os sentimentos envolvidos. É de se imaginar, diante deste cenário, que entrei na sala da cabine de imprensa para conferir Meu Ex É Um Espião com certo ceticismo. Mas vamos à crítica!

Mila Kunis interpreta Audrey, uma jovem relativamente apática que sofre com o fim de um relacionamento e ainda está completamente insatisfeita com os demais setores da vida. De uma maneira extremamente repentina, ela acaba envolvida em um esquema de espionagem e descobre que seu ex era um agente da CIA. Depois que ele é morto em sua frente, ela simplesmente tem que ir até a Áustria entregar um pen drive que ele deixou antes de morrer.

Sim, só de ler essa breve sinopse já temos uma ideia do quão louco é o roteiro. Mas vamos lá que isso não é um problema de cara. Assumir certas insanidades de comportamento do protagonista é interessante, se tivermos respaldo para isso. Ou até mesmo se o próprio roteiro fizer piada em cima. E é o que ele faz. Ri de si próprio e não se leva a sério.

cena do filme meu ex é um espião

Com o suporte de uma coadjuvante forte, interpretada por Kate McKinnon, Kunis divide a tela de maneira equilibrada e diverte o público. A história tem diversas falhas e até erros bobos de continuação. Isso definitivamente coloca ele em um patamar muito inferior do que poderia ser. No entanto, ao saber equilibrar ação com comédia, a narrativa flui muito naturalmente.

O foco principal são as mulheres e como elas vão dominando tudo. Não chega ser um filme feminista, mas posiciona a questão de maneira pontual e acertada. Mostra muito da relação feminina, a confiança da amizade e das relações envolvidas.

Inicialmente ele se propõe a ser uma paródia dos filmes de ação masculino. Mas passa muito longe disso e acerta em um filme de comédia de exageros. Aliás, falando em exageros, 2h de duração é definitivamente muito para esse tipo de longa.

Meu Ex É Um Espião peca por não se dar mais oportunidade e cair no padrão de pré-moldados que falamos anteriormente. Poderia ter trazido algo a mais que o tornasse memorável, mas não o fez. Ele acaba se tornando, então, aquele filme que a gente dá muita risada, mas que nem lembra mais o nome no mês seguinte. O que definitivamente é um problema.

Assista ao trailer!

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