Kursk - A Última Missão

Crítica: Kursk – A Última Missão

Kursk – A Última Missão narra os eventos que aconteceram com as famílias de um grupo de marinheiros vítima de uma tragédia no mar de Barents. Em 2000, um submarino para o qual trabalhavam chamado Kursk afundou e levou todos a uma situação de grande risco. A produção conta com a direção do premiado Thomas Vinterberg, de Festa de Família e A Caça.

É preciso frisar, entretanto, que Kursk – A Última Missão está longe de ser um exemplar autêntico da carreira do cineasta, apesar de que sem a presença dele por trás do projeto, possivelmente o resultado seria ainda mais enfadonho ou até desastroso. O projeto parece um daqueles títulos comerciais que buscam realizadores como Vinterberg apenas para trazer algum tipo de “grife” ao produto.

O drama é o mais estandardizado possível. Ao longo das suas duas horas de projeção, o espectador acompanhará o drama dos marinheiros presos no submarino no fundo do mar, a dor das suas famílias e as tentativas delas buscarem algum tipo de suporte no resgate de passivas e frias autoridades. Como trama, Kursk – A Última Missão é extremamente burocrático e segue os passos da maioria dos seus similares.

Vinterberg intervém pouco nessa rigidez e inflexibilidade do projeto a qualquer ideia que fuja um pouco do protocolo. A ação em Kursk é bem mais interessante fora do submarino do que dentro dele. Nesse sentido, o trabalho do diretor ganha destaque quando dá suporte aos momentos de atrito entre as esposas das vítimas do naufrágio, representadas pela excelente Léa Seydoux (007 Contra Spectre), e a autoridade representada pelo personagem de Max von Sydow. No mais, Kursk – A Última Missão acaba se revelando um projeto tolhido por cartilhas comerciais que não trazem absolutamente nenhum novo sabor para esse tipo de narrativa.

Direção: Thomas Vinterberg
Elenco: Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Colin Firth

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