Crítica: Feito na América

O longa Feito na América traz a história de Barry Seal, um piloto de avião ambicioso que almeja uma vida melhor para sua família. Ele já é corrupto e faz pequenos contrabandos no seu dia a dia de trabalho. É aí que surge Schafer, um suposto recrutador da CIA, que te oferece uma possibilidade de ganhar mais dinheiro em uma missão secreta. Acontece que Barry vai se infiltrando cada vez mais na rotina e se corrompendo de todas as formas, transformando a sua vida em algo que ele nunca poderia imaginar.

Um dos fatores mais legais do filme e que dá mais veracidade é o fato de ser baseado em uma história real. O diretor não faz uso de cenas verídicas ao longo do filme, deixando isso apenas para o final. Considero essa decisão inteligente, uma vez que permite que o longa tenha seu próprio estilo envolvente.

É muito interessante ver Tom Cruise no auge de seus 55 anos, com carinha de 30, em um filme de ação com uma história mais profunda. Nada contra Missão Impossível e afins (que particularmente adoro), mas Feito na América tem respaldo histórico e uma narrativa naturalmente surreal. Então ele consegue equilibrar as cenas de ação com conteúdo, tornando tudo mais empolgante.

Aliás, empolgante é um termo que define muito bem o longa. Ele mantém um ritmo frenético e animado, mas dando ao espectador momentos de respiro importantes, protagonizados pelas cenas de humor inteligente. Aliás, em muitos momentos, rimos dos absurdos e do surrealismo de tudo aquilo. O diretor Doug Liman consegue conduzir de forma inteligente a trama, construindo uma narrativa crível e bem estruturada, com um ápice super empolgante.

Outro ponto alto e importante é o ator Domhnall Gleeson. Ele vem crescendo muito nos últimos anos, participando de filmes importantes como O Regresso, Brooklin e do fofo Questão de Tempo. Além de bom ator, ele mostra as suas diversas facetas em longas de diferentes estilo. Em Feito na América, ele mostra todo seu potencial em um filme de ação, fazendo uma ótima dupla com Tom Cruise.

Além disso, o filme consegue fazer pequenas críticas aos líderes do período que permitiam que os contrabandos acontecessem bem abaixo de seus olhos, fazendo a boa e velha vista grossa. É algo sutil, mas certeiro, que auxilia o roteiro do filme como um todo.

Feito na América consegue reunir boas atuações, bom roteiro, cenas de ação na medida e momentos de humor inteligente, culminando em um filme que realmente é bom e divertido. Vale a pena conferir no final de semana!

Assista ao trailer!