Crítica: Chocante

O longa nacional Chocante conta a história de cinco amigos que fizeram sucesso na década de 1990 com uma banda pop, mas que caíram no esquecimento após a briga de dois integrantes. Com a morte de um deles, o grupo se reencontra e tem a chama pela música despertada novamente por uma fã de carteirinha que ainda torce por eles.

A premissa da história já é ruim, de fato. Mas a execução consegue ser ainda pior. É decepcionante ver que um filme como esse, que deveria ter optado pela sátira ao estilo dos anos 1990 e apostado nesta diferença para fazer humor, consegue ignorar as poucas possibilidades que tem de criar algo interessante e simplesmente não toma caminho algum.

O filme não é precisamente uma comédia, porque força a barra em muitos momentos de “comoção”. Mas não se estabelece como um drama também, porque não é forte o suficiente para isso e fica inserindo cenas de graça o tempo todo. No final das contas, é uma grande indecisão do que se trata, deixando o espectador completamente entediado e sofrendo com o tempo que parece não passar.

Bruno Mazzeo está repetitivo em seu papel, assim como Lúcio Mauro Filho. Eles não apresentam nada de novo e, embora sejam bons atores, não conseguem segurar a atenção do espectador. Marcus Majella, inicialmente hétero, convence ainda menos no papel.

O roteiro ainda tenta emplacar uma música chiclete que fica na cabeça de quem assiste ao longa, mas é tão irritante que toda vez que “toca em nossas cabeças”, eu fico com raiva. O filme é definitivamente sem graça e dispensável. São pouquíssimas as risadas que damos e por questões que não são relacionadas ao roteiro. Como por exemplo, o momento em que aparece o Anderson do grupo Molejo. Fora isso, uma verdadeira perda de nosso precioso tempo.

Assista ao trailer!

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