Crítica: Alien – Covenant

Alien: Covenant segue a história apresentada no longa Prometheus, de 2012, e também do diretor Ridley Scott. Mas parece que a franquia Alien não tem mais a força de outrora e precisa se esforçar muito para entreter o espectador. Embora a história dê sequência à de Prometheus, qualquer um que assista este longa sem ver o primeiro poderá entender o roteiro. Isso prova que a película funciona independente da anterior. Mas quebra a lógica de continuidade da franquia, apresentando um produto fraco e sem emoção.

Alien: Covenant traz um grupo de exploradores que estão numa nave com o objetivo de colonizar um novo planeta que foi descoberto, o Origae-6. No meio do caminho, eles captam um sinal que parece humano e resolvem investigar do que se trata. Eles acabam parando no mesmo mundo que acontece a narrativa de Prometheus.

A falta de senso começa quando os exploradores resolvem mudar a rota de colonização super planejada há anos e investida por vários futuros colonos, para checar que som estranho é esse que eles estão captando pelo rádio. Extremamente prudente mudar a rota de uma nave imensa, não é?!

Seguindo em frente, a reunião de bizarrices continua quando a nave pousa no novo planeta e os exploradores resolvem sair com a cara limpa, sem máscaras nem trajes espaciais. Por mais que o planeta seja idêntico à Terra e a nave tenha identificado a presença de oxigênio suficiente, não me parece uma boa ideia chegar num lugar desconhecido sem um pouco de cautela.

Esses fatos, no entanto, são apenas detalhes no que diz respeito à trama como um todo. No contexto maior, o roteiro é falho e pouco empolgante. Este episódio da franquia Alien foca no questionamento de como surgiu a humanidade, como fomos criados no universo. Ridley Scott consegue conectar alguns laços que Prometheus não conseguiu, mas ainda assim, não é o suficiente.

O longa sofre de alguns problemas como o uso excessivo de efeitos visuais e digitais, o que não contribui positivamente para o resultado final. O foco da tensão acaba se perdendo e essa é uma das maiores falhas do roteiro. São diversos aliens que surgem ao longo da história, mas mesmo assim o espectador não fica tenso pela próxima cena. O diretor não consegue criar um clima de thriller digno da franquia. O que é muito decepcionante, especialmente com o filme Vida sendo lançado tão próximo e sendo tão tenso.

Alien: Covenant consegue ser ainda mais apático de Prometheus (e olhe que este último dividiu muito as opiniões na época). Mostra um enfraquecimento da franquia Alien e uma falta de empolgação notória do diretor Ridley Scott em criar tramas mais tensas e atrativas.

Assista ao trailer!

Pin It on Pinterest