melhores filmes de 2018

Melhores Filmes de 2018

O ano está quase chegando ao final e, durante estes doze meses que se passaram, muitos longas bons foram exibidos, tanto no âmbito nacional quanto no internacional. Pensando nisso, o Coisa de Cinéfilo montou um especial com as melhores produções de 2018. Ainda dá tempo de ver e rever os filmes, hein? Ao final do texto, o leitor pode notar que um bônus foi colocado, com mais cinco projeções para maratonar!

melhores filmes de 2018

5 – Sem Amor (Direção: Andrey Zvyagintsev): Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2018, o longa poderia muito bem estar em diversas outras categorias, como roteiro e interpretação, por exemplo. A forma como a narrativa é contada e como as tensões vão sendo construídas fazem com que o impacto de seu conflito tenha uma progressão dramática bem elaborada. Isto porque detalhes sobre a vida das personagens vão sendo sutilmente mostrados, em contrapartida com a resolução do mistério que vai se dissolvendo. Esta é uma história intensa e com escolhas duras, que choca por seus caminhos difíceis e, por isso, merece ser visto.

melhores filmes de 2018

4 – Roma (Dir.: Alfonso Cuarón): Ambientado no início dos anos 1970, o filme mostra o dia a dia de uma auxiliar doméstica, dentro de uma casa de família abastada, que vive em um bairro nobre no México. Com planos que revelam as distinções sociais, pequenas e grandes crueldades humanas e o machismo impregnado na sociedade, o longa utiliza-se de conceitos técnicos de planificação e montagem de forma pontual e certeira para expor estes elementos para o público. Isto pode ser visto, por exemplo, na câmera que acompanha a protagonista, Cleo (Yalitza Aparicio), o tempo inteiro, em cada atividade que precisa realizar. Esta mescla de discurso potente e boa execução em relação a tecnicidade faz com que Roma ocupe o lugar de uma das melhores projeções do ano.

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3 – Temporada (Dir.: André Novais Oliveira): Fotografia, Montagem, Roteiro e interpretações excelentes. Estes são os pontos altos deste filme. Sabendo mesclar o tom cotidiano, com o os baques negativos e as surpresas da vida, o longa narra a trajetória de Juliana (Grace Passô). A moça é uma funcionária pública que acabou de assumir sua função na equipe de controle de endemias, na região metropolitana de Minas Gerais. As batalhas e monstros internos da protagonista são revelados progressivamente, ao passo em que ela começa a abraçar a aceitação pessoal e estabelecer laços afetivos com os colegas de trabalho. A entrega e sabedoria na construção de Juliana, feita por Passô, também é um dos grandes destaques da projeção. Junto com o texto de Oliveira, as situações são extremamente palpáveis e o tom para narrar dores profundas é tão “cotidiano”, sem ser trivial, que o espectador pode sentir junto com a mulher mostrada na tela, as perdas e ganhos recebidas em seu caminho. Confira a nossa crítica clicando aqui!

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2 – Projeto Flórida (Dir.: Sean Baker): Relatando uma infância um tanto peculiar, o filme consegue misturar as fantasias e brincadeiras de crianças com a dureza e crueldade da vida adulta. Fatos chocantes e cenas que podem apertar o coração do espectador e fazê-lo chorar são equilibradas com sequências de ações fora do comum. Os papéis de mãe e filha fogem do convencional, revelando uma série de sentimentos e visões múltiplas sobre as duas. O ponto alto da projeção é a interpretação da protagonista, a atriz mirim Brooklynn Prince. A sua Moonee tem carisma, tonicidade e expressividade raras e é surpreendente ver estes elementos numa artista tão jovem. A produção foi indicada ao Oscar, na categoria Melhor Ator Coadjuvante, para William Defoe, que está bem em sua personagem. Contudo, outros quesitos mereciam ter sido agraciados, como fotografia, roteiro e a própria performance de Prince.

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1 – Infiltrado na Klan (Direção: Spike Lee): Bem realizado e necessário, o longa mostra um Spike Lee em sua melhor forma! Com uma técnica formal e executada corretamente, é na história contada que o espectador pode ter seu coração acelerado. Baseado em fatos reais, a trama mostra a vida de um jovem policial negro, dos Estados Unidos, que consegue se filiar a Ku Klux Klan. O objetivo do rapaz é desmontar as operações da seita, numa investigação que envolve muitas etapas arriscadas e surreais. Esta empreitada de Ron (John David Washington) mostra a profundidade e vilanidade dos racistas estadunidenses. Apesar do filme se passar na década de 1970, os paralelos com a Era Trumpiana são claros e ainda mais evidenciados com as cenas do desfecho da exibição. Confira a nossa crítica clicando aqui!

Bônus!

Mais: 6) Benzinho 7) Eu, Tonya; 8) Visase Villages; 9) Pantera Negra; 10) Uma Mulher Fantástica.