Crítica: A Pequena Travessa

Chega aos cinemas nesta quinta-feira, 11 de julho, o longa A Pequena Travessa, uma produção alemã que conta a história de uma menina que consegue falar com os animais. Por conta deste dom, ela acaba criando várias confusões por onde passa, levando a mãe a sempre perder o emprego. Depois de mais uma demissão, o casal e a menina mudam de cidade e tentam começar a vida mais uma vez.

A ideia do filme é interessante, principalmente do ponto de vista infantil, onde as pequenas coisas acabam se tornando uma grande aventura. Eventos simples como ir à escola e conhecer novos amigos pode parecer um desafio, especialmente se a criança tiver uma imaginação fértil. O filme explora bastante esse lado criativo e imaginário, com personagens com características bem específicas para gerar o riso ou a repulsa da criançada.

O problema reside justamente aí. Caricato demais, A Pequena Travessa parece apresentar um enredo para crianças do século 1950, que são tão inocentes e puras que acabam caindo em qualquer enrascada. Mesmo com um pé na tecnologia, com algumas crianças utilizando celular, o filme como um todo é infantil demais. E sim, falamos de um filme voltado para o público infantil. Então infantil demais é um problema? É sim, especialmente quando avaliamos que as crianças de hoje em dia são muito mais espertas do que aquelas apresentadas no roteiro.

Vilões dignos de um livro de história de antigamente, um pai que vive completamente no mundo da fantasia de uma maneira mega forçada, amigos padrões, fazem com que o filme entedie o espectador mais do que o entretenha. Além de ser chato para os adultos que vão acompanhar as crianças nas sessões, imagino que as próprias crianças ficarão com o sentimento de que estão sendo subestimadas.

A única coisa que se salva no longa é a fotografia, que é realmente belíssima. Cheios de cores, cenários incríveis e lúdicos, os ambientes expostos são realmente um deleite visual, que faz a experiência ser minimamente agradável. Por outro lado, é decepcionante o quão bobo é o roteiro, principalmente quando pensamos em tantos filmes infantis incríveis que tratam de temáticas muito mais importantes e de uma maneira leve.

Direção: Joachim Masannek
Elenco: Malu Leicher, Christoph Maria Herbst, Meret Becker

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