Crítica: Velozes e Furiosos 8

Um filme que chega a seu oitavo episódio com certeza merece a atenção dos críticos e do público. O caso de Velozes e Furiosos é ainda mais especial quando se pensa que o sucesso só parece crescer com o tempo. O fôlego que se preserva é impressionante e consegue ser muito bem mostrado nesta versão atual, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (13).

Dom está feliz com seu casamento e curtindo a lua de mel com Letty, quando é surpreendido por Cipher, uma hacker que exige seus serviços ameaçando com algo misterioso. Ele, então, é forçado a trair seus amigos para cumprir a missão que lhe é dada.

Com o passar do tempo e dos filmes, o foco não ficou apenas nos carros e nas corridas, o que é muito bom. Não consigo imaginar uma série tão grande de filmes cujo único foco fosse correr e mostrar veículos caros e estonteantes. A adição de tramas paralelas, humor, muita ação e drama é fundamental para manter a força da história, que sempre atrai o público. Ainda assim, a essência não é perdida e o público não vai se decepcionar com as corridas e carros apresentados. É como uma evolução do roteiro mesmo.

Dom está castigado pelo tempo, amargurado, mas ainda consegue manter a força e a esperança por dias melhores. Vin Diesel consegue incorporar mais uma vez o protagonista com fluidez, sem cair na mesmice e perder o interesse do público. O seu envolvimento com Letty é verdadeiro e forte, dando apoio a ideia de união e família que a história propõe desde o primeiro filme. Dom sempre trata todos os amigos como uma família e essa sensação é muito bem passada para o público.

A adição de alguns personagens nesta trama, no entanto, foram fundamentais para o sucesso do filme. Temos Helen Mirren que está sensacional num papel sarcástico e durão. Mas a cereja do sorvete é, realmente, Dwayne Johnson, o eterno The Rock, que está incrível. Ele é forte, bruto, absurdo e sensível. Tudo isso junto e misturado, resultando em um combo maravilhoso que rende muitas risadas e “uau” do público. Na verdade, ele se encaixa tão bem no roteiro que fica o questionamento do por quê ele não entrou antes.

E sim, não podemos esquecer de Charlize Theron. Ela etá diferente de seu perfil costumeiro, mas sem perder a sua alma. A contradição de sua beleza inebriante com a ruindade da personagem faz com que o público fique na dúvida se torce ou não para ela. Não podemos deixar de valorizar o combo que já existia anteriormente, que traz muita graça e ação aos personagens principais.

As cenas de ação são um espetáculo à parte. Além de extremamente bem feitas e bem filmadas, contam com uma edição impecável e uma equipe de efeitos visuais afiada. Não é aquela confusão que alguns filmes propõem para esconder os erros de fluidez. É tudo muito bem encaixado e destacado, tornando as cenas ainda mais fortes e atrativas. O 3D, no entanto, é completamente dispensável. Dá apenas aquela velha sensação de profundidade e não acrescenta em nada a trama. Um pena, pois o potencial era grande.

Equilibrando ação com comédia, o filme consegue ser divertido, manter a essência da série e ainda apresentar elementos novos. É um grato resultado que certamente agradará gregos e troianos.

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