Crítica: Uma Família Feliz

O longa Uma Família Feliz traz a história de uma família que está passando por uma fase muito complicada no relacionamento dos membros, onde ninguém se comunica direito e as coisas simplesmente não dão certo. A matriarca acaba se comunicando com um vampiro, que se apaixona repentinamente por ela e passa a querer torná-la sua esposa.

Acredito que a grande falha do filme é a formação do roteiro. Além de extremamente superficial, ele deixa vários fios soltos, sem conexão. O primeiro fio é: “como a mãe da família conseguiu o telefone de um vampiro”? Pois é, isso não fica claro e mostra desde os primeiros minutos um problema que o espectador consegue ver ao londo de 90 minutos.

Vemos nele ainda, novamente, um problema de estereotipagem da mãe. Como na maioria dos filmes, a mãe é a chata, responsável, ranzinza, que quer controlar todos e trata o pai como mais um filho. Machismo claro. E assim, é ainda mais preocupante que o público principal do filme seja infantil, pois incute na cabeça dos pequenos que esse tipo de comportamento é normal por parte das mães.

Não há nada de inovador na narrativa, que se repete como uma colcha de retalhos de vários filmes. Não tem diferencial, nem nada específico que torna a história memorável.

O que ganha pontos no desenho animado é a personalidade e os gráficos dos personagens. Eles são interessantes e fofinhos, tornando tudo mais atraente para as crianças. É literalmente engraçadinho. Além disso, a boa e velha lição de moral do final do filme, onde a família unida consegue vencer qualquer adversidade e encontrar a felicidade, funciona razoavelmente. Ainda assim, não é um longa que valha à pena.

Assista ao trailer!

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