Crítica: Tinha Que Ser Ele?

Tem certos diretores que acreditam que uma vez que acertam com um modelo de filme, devem apostar nele o resto da vida até exaustar todas as opções. Talvez John Hamburg tenha pensado desta forma quando decidiu reviver os problemas de relacionamentos familiares que já foram vistos na série de filme Entrando Numa Fria.

Ned, interpretado por Bryan Cranston, é um pai de família tradicional e correto que está passando por problemas financeiros na empresa e tenta esconder tudo dos parentes. Em meio a essa situação, a filha mais velha dele, que está na faculdade, resolve apresentar o namorado novo, vivido por James Franco. De cara, Ned já não gosta do rapaz que é, digamos, excêntrico.

O plot é o mesmo de muitos outros filmes de comédia familiar que já vimos por aí. Lendo de cara e sem citar nomes, teríamos dificuldade de descobrir de que longa se trata. E é bem essa a sensação de que temos a sessão inteira. Eu confesso que não sabia que o diretor era o mesmo da série Entrando Numa Fria, mas foi a primeira coisa que pensei, em menos de 15 minutos de filme: “Nossa, como é parecida a história”. Tirando o fato de que este namorado em questão não é tão “normal” quanto o outro, o resto é muito semelhante.

O que irrita, talvez, é que com cinco minutos de filme você já consegue descobrir exatamente como será o final. Torci para estar errada e ser surpreendida, mas infelizmente isso não aconteceu. Cenas repetitivas, diálogos fracos e convenientes e atores mal explorados fazem com que o roteiro seja difícil de aceitar.

O destaque realmente são os dois atores principais: Bryan Cranston e James Franco. Além de protagonizarem boas cenas individuais, a química em cena de ambos é muito boa. Eles funcionam bem e conseguem carregar todo o filme nas costas, com excelentes atuações. Ainda assim, infelizmente, não é suficiente para fazer do filme algo tão bom. Ele rende boas risadas, é divertido, porém facilmente esquecido por não trazer absolutamente nada de novo e memorável.

Assista ao trailer!

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