Crítica: John Wick 3 – Parabellum

Keanu Reeves (Matrix) retorna às telonas no papel de John Wick, na franquia de ação que faz sucesso e tem características próprias. Em John Wick 3 – Parabellum, o protagonista que dá nome ao longa está sendo perseguido depois de ter infringido as regras da Alta Cúpula e matado uma pessoa dentro das imediações do hotel em Nova York. Agora sua cabeça vale ouro e ele vai precisar de todos os seus artifícios e conhecidos para conseguir salvar sua pele.

John Wick é o tipo de filme que, desde o início da franquia, prima muito pela cenas de violência e lutas bem orquestradas. E este continua sendo o ponto alto da trama. São sequências maravilhosas de luta, em que Wick mostra todos os anos de treinamento como matador profissional e articula a queda do inimigo sem rosto. Afinal, todos querem matá-lo e conseguir embolsar alguns milhões.

Keanu retorna neste papel que mostra muito de seu retorno triunfal às telonas, depois de períodos de hiato e más escolhas. Há algum tempo não se via um filme de ação novo tão bom e um personagem tão envolvente. A sua causa é o que mais chama a atenção do espectador. Ele efetivamente faz de tudo para proteger os que ama, seja sua esposa ou seu cachorro.

Isso funciona como uma deixa para o senso de humor do filme, que não é exagerado, acertando na dosagem. Rimos muito mais do desespero das pessoas, do que da cara delas. E isso é que faz o filme manter o padrão de qualidade.

Outros personagens fortes são acrescentados no roteiro, como é o caso de Halle Berry (A Última Ceia). Ela faz parte de um outro núcleo da Alta Cúpula, mas tem uma promissória com John. Então precisa quebrar as regras para cumprir com sua dívida e ajudar o antigo amigo. A pena é que sua participação é mais breve do que deveria. Seria muito melhor aumentar o seu tempo em cena e diminuir o da vilã Juíza, que é pura canastrice.

O que peca em John Wick 3 – Parabellum é que ele não acaba. Pensávamos que este seria o fim da trilogia de Wick e sua saga por tentar retornar à uma vida comum. Mas o fim em aberto deixa espaço claro para um novo longa e isso frusta. Este já é o mais fraco dos três filmes e o espectador se questiona se ainda existe fôlego para dar continuidade em outras produções.

Direção: Chad Stahelski
Elenco: Keanu Reeves, Asia Kate Dillon, Ian McShane, Halle Berry, Anjelica Huston, Mark Dacascos, Laurence Fishburne, Jason Mantzoukas, Lance Reddick

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