Estreia nesta quinta-feira, dia 27 de setembro, o longa Crimes em Happytime, do diretor Brian Henson. O filme traz a história de Phil Phillips, um marionete que é ex-policial e vive com a frustração de ter sido expulso da corporação. Ele agora trabalha como investigador particular e se depara com um uma série de crimes de artistas de um programa de TV. No meio do caminho, no entanto, ele se depara com uma ex-parceira, interpretada por Melissa McCarthy. Agora, eles terão que trabalhar juntos, mais uma vez, apesar de todo o rancor.
A história, vista de maneira objetiva, é atrativa e tem potencial. Mas é claro que não podemos excluir o fato de que a sociedade, no filme, agora convive com marionetes. Sim, bonecos de pano que falam, sentem e se expressam como humanos. Em dado momento o espectador se questiona se isso seria uma metáfora para a sociedade presente. No entanto, logo vemos que uma coisa não tem relação com a outra.
Com uma série de cenas desnecessárias e piadas levadas ao extremo, Crimes em Happytime é um filme de gosto duvidoso. O público varia constantemente entre o nojo, a curiosidade e a indignação com o que acontece no roteiro. A produção segue a linha da comédia do exagero, com muitos palavrões e sexo. O que faz até sentido no contexto, mas torna-se cansativo com o tempo. Piadas com os próprios marionetes perdem a graça pelo numero de repetição.
É excelente ver, no entanto, como os marionetes são bem feitos e interpretados em cena. Aliás, ao final do filme vale a pena ver os pós-créditos que mostram exatamente como tudo é feito. A equipe de produção, fotografia e efeitos visuais realmente merece o justo reconhecimento. A perfeição nos detalhes e até a sincronia da dublagem são elementos que acrescentam e muito ao filme.
Apesar do ótimo trabalho com os bonecos, me parece um desperdício deixar de lado um elenco humano tão bom. Além de McCarthy, que assume a parceria no protagonismo e o faz muito bem, temos Maya Rudolph e Elizabeth Banks. Ambas excelentes atrizes que acrescentam bastante à narrativa, mas apenas nas poucas cenas que têm oportunidade. Todo este trunfo poderia ter sido melhor explorado, definitivamente.
Apesar de tais pontos positivos, isso não é suficiente para salvar a película como um todo. Crimes em Happytime é cansativo a partir da segunda metade, quando o elemento “curiosidade” é anulado. Um filme que tinha potencial e material para ser diferente e atrativo, acaba caindo no lugar comum e perde muitos pontos de interesse do público. Uma pena!
Assista ao trailer!