Crítica: Aladdin

Este é o ano das produções da Disney, principalmente no quesito live-action. Temos a grande expectativa por O Rei Leão, que estreia em 18 de julho, e agora é a vez de Aladdin. A animação de 1992 foi o maior sucesso e rendeu milhões em bilheteria. Sendo assim, as crianças daquela época que agora são adultos, tendem a correr para os cinemas para conferir o resultado.

A promessa me pareceu animadora desde o começo. Aladdin é um dos longas mais simpáticos da Disney, não só pelos personagens carismáticos, como pela história envolvente dos protagonistas e a representatividade deles. Temos amizade, romance, ação, comédia, tudo isso em um único filme. Então, por que não se empolgar pelo live-action, não é mesmo?

Para a minha grata surpresa, o resultado é bastante positivo. A começar pela escolha de elenco que foi bem acertada. Mena Massoud (Jack Ryan) interpreta Aladdin e era uma de minhas maiores preocupações. No desenho, o personagem tem aquela pinta de malandro do bem, meio sedutor e gentil ao mesmo tempo. É um tom difícil de alcançar, mas que Massoud conseguiu com maestria. O mesmo podemos dizer de Naomi Scott (Power Rangers), no papel de Jasmine. Ela passeia pela personagem com muita suavidade e naturalidade.

Aliás, todo o elenco está incorporado. A maioria dos atores tem alguma estrada na carreira, mas com papéis secundários e pouco conhecidos. Então é praticamente uma surpresa atrás da outa quando vemos os momentos de cada um. Tudo isso guiado muito bem por Will Smith (Eu Sou a Lenda), que faz o melhor Gênio que poderíamos imaginar. Ele literalmente colocou no bolso toda a polêmica em torno da sua escolha para o personagem.

Além deste ponto alto do filme com relação ao elenco, temos o universo criado, em cada detalhe. São cores e mais cores, tecidos, decoração, texturas. Tudo pensado para criar o ambiente real de Agrabah, seja no meio do povo ou no palácio. Uma das cenas mais bonitas e divertidas de se ver é a que o Gênio apresenta o Príncipe Ali ao Sultão, dançando e cantando no meio do povo, fazendo uma performance digna de escola de samba.

E sim, temos muita música. Não tinha como ser diferente e era isso que queríamos. O longa original é completamente cantado e com lindas canções originais. Eles mantiveram todo este encanto no filme e ainda acrescentaram algumas poucas músicas para dar um clima mais atual. A cena da música “O Mundo Ideal”, em que o casal principal se apaixona cantando no tapete mágico, é primorosa e emocionante.

Aladdin poderia ter mais elementos atuais e que o diferenciassem mais da animação. Até para que ele tivesse uma personalidade própria e não dependesse tanto do primeiro. No entanto, o resultado é tão bom que serve como um acalento ao coração daqueles que curtiam o filme na infância. Sim, é positivo que ele respeite a história do original e seja praticamente igual.

O diretor Guy Ritchie não possuía muita experiência neste tipo de produção, sendo mais voltado para ação. No entanto, ele se livrou de qualquer premissa que tivesse e nos apresentou um trabalho incrível, divertido e simpático. Tudo aquilo que Aladdin era na animação e continua sendo neste live-action.

Direção: Guy Ritchie
Elenco: Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott, Marwan Kenzari, Numan Acar, Nasim Pedrad, Navid Negahban

Assista ao trailer!