Um dos destaques do circuito comercial em 2017, A Morte te dá Parabéns era um divertido slasher teen sobre uma jovem que revive o dia do seu aniversário toda vez que é esfaqueada por um assassino mascarado. O filme “bebia da fonte” de Pânico com sua proposta de metalinguagem, dialogando com as marcas do próprio gênero e não levando sua trama juvenil tão a sério. Com o sucesso comercial do filme, parecia certa uma continuação e A Morte te dá Parabéns 2 chega num hiato curtíssimo de tempo para o público com a direção e o roteiro do mesmo Christopher Landon do primeiro longa.
Na sequência, a heroína Tree (Jessica Rothe) retoma a experiência do filme anterior, vivendo agora uma realidade paralela na qual o assassino mascarado não possui a mesma identidade do primeiro longa e alguns acontecimentos da sua vida não são os mesmos de antes, entre eles, seu namorado Carter (Isreael Broussard) que agora tem uma relação com a sua colega de república Danielle (Rachel Matthews). Isso tudo acontece em virtude de um experimento mal sucedido de Ryan (Phil Vu) que Tree deve reverter.
A Morte te dá Parabéns 2 tem um início promissor que remonta o longa anterior e dá sinais de realizar uma mistura interessante de terror adolescente com ficção-científica, tratando tudo de maneira debochada e metalinguística como antes. Entretanto, a continuação parece esquecer sua raiz no slasher movie em dado momento, colocando em último plano a trama do assassino mascarado que persegue a sua protagonista, centrando suas atenções no plot da viagem no tempo e nos dramas pessoais da mocinha, entretida com dilemas amorosos com o namorado e também familiares, já que sua mãe retorna viva nessa nova dimensão.
Esquecendo do próprio mote da franquia, A Morte te dá Parabéns 2 não consegue mergulhar na diversão e descompromisso do gênero slasher e se apega a detalhes que apenas lhe serviam como suporte no antecessor. Desejando um escopo maior do que aquele que revelava no primeiro longa, a continuação do filme de 2017 parece ter sido pega pela própria ambição do estúdio de estender os horizontes de algo que era bom pela sua própria simplicidade.
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