Crítica: Pets – A Vida Secreta dos Bichos

O trailer do filme já instigou o espectador ao propor “descobrir” o que os animais fazem enquanto seus donos saem de casa todos os dias. O longa em si leva isso muito mais à fundo, mostrando diversas casas e cenários, além de uma variedade de animais relativamente. O desenvolvimento da história, no entanto, é que se torna um pouco equivocado à medida que vai acontecendo.

Max é um cachorrinho que reina solitário no apartamento em que mora com sua dona. Um belo dia, ela chega com outro cachorro que encontrou na rua e resolveu adotar. A vida de Max vira completamente de pernas para o ar ao perder os privilégios de filho único. Durante uma briga enquanto passeiam na rua, Max e Duke se perdem na cidade e enfrentam aventuras inimagináveis para retornar para sua querida dona.

O problema do enredo é que ele não aprofunda tanto quanto poderia o imenso potencial do plot principal, que é “a vida secreta dos bichos”. Essa narrativa serve apenas de ponta pé inicial para o filme, que acaba indo para outro lado completamente oposto a esse. Embora seja criativo como um todo, perde o foco.

Muitas cenas de graça forçada, ações alucinantes e inimigos fracos fizeram com que o filme se infantilizasse mais do que precisava. Enquanto o mais recente longa da Pixar, Procurando Dory, consegue agradar absolutamente todas as idades, Pets é claramente voltando para o público infantil mesmo, de no máximo uns 13 anos.

É engraçadinho, tem uns personagens legais, uma historinha fofa de “como superar nosso medo de mudanças”, mas perde um potencial imenso que poderia ser explorado. Acredito que o trailer não favoreceu neste sentido, uma vez que criou uma expectativa completamente diferente daquela cumprida. Não, o longa não é sobre a vida secreta dos animais. É sobre aventura, amizade, perigos e afins. O que não é ruim. Pets funciona bem como produto final. Mas é inevitável a decepção do que poderia ter sido.

Assista ao trailer!

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