Nesta quinta-feira, 25, estreou Como ser Solteira, dirigido pelo jovem cineasta alemão Christian Ditter (Simplesmente Acontece). O longa entra para o hall de comédias que buscam ser as “diferentonas” e que tentam surpreender o público com “novas” estratégias narrativas, que, na verdade, não trazem novidade alguma.
O roteiro conta a trajetória de Alice, protagonizada por Dakota Johnson (Cinquenta tons de cinza), que sente a necessidade de dar um tempo no seu relacionamento e viver o cotidiano de uma jovem solteira em Nova Iorque. A proposta do longa é tirar o foco de histórias de amor e contar o que acontece com a personagem principal, e as pessoas que estão ao seu redor, durante os términos dos namoros da garota.
Ainda que exista uma pequena tentativa de inovação de conteúdo, a película não cumpre sua função. Não é engraçada, muito menos interessante. Pensando nisso, o Coisa de Cinéfilo traz um top 5 das piores comédias românticas de todos os tempos. Leia com atenção e fuja fortemente dos títulos a seguir!
#05. Crossroads – Amigas para Sempre (Crossroads, 2002)
Estrelado por Britney Spears, sim, por Britney Spears, o filme é uma série de clichês amontoados, nessa comédia romântica inútil e sem graça. A história fala sobre a viagem de um trio de amigas e um rapaz, que elas acabaram de conhecer. Com direito a uma péssima atuação de Spears e um desfecho mais do que óbvio, Crossroads não é uma boa pedida.
# 04. Minha Super Ex-Namorada (My Super Ex-Girlfriend, 2006)
Uma Thurman e Luke Wilson são os protagonistas desta comédia romântica machista e entediante. Umma é Jenny, super heroína que começa a namorar Matt (Wilson). Quando ele decide terminar com a garota, descobre que sua ex possui poderes e os utiliza para travar uma série de vinganças contra o rapaz. As mulheres do longa têm dois perfis: a psicótica que foi largada por seu parceiro e a menininha sonhadora (vivida por Ana Faris). O machismo não é a única coisa que deixa a película intragável, mas o roteiro previsível, a falta de graça e personagens mal construídas fazem dele um dos piores filmes do gênero.
# 03. Sorte no Amor (Just My Luck, 2006)
Ter Lindsay Lohan nos créditos do filme já é um péssimo sinal. E isso se confirma durante as 1h48 minutos de projeção de Sorte no Amor. Dirigido por Donald Petrie (Falando Grego), o longa conta a trajetória de Ashley (Lohan), uma menina sortuda e feliz que tem a sua vida mudada quando beija Jake (Chris Pine), um garoto azarado. A partir daí a sorte dos dois se inverte e as peripécias se iniciam. Essa espécie de cópia de Sexta-feira muito louca (1976) e outras bilhões de histórias de troca de corpo é mais uma daquelas comédias românticas esquecíveis. A película peca pelos seus clichês, pela necessidade absurda de criar um clima de romance entre as personagens principais, pelo roteiro cheio de buracos, pela falta de química dos protagonistas, que, inclusive, trazem interpretações terríveis e poderiam ser deletadas da memória de seus espectadores.
# 02. Mulheres ao Ataque (The Other Woman, 2014)
Nick Cassavetes (Alpha Dog), por algum motivo inexplicável, achou que seria bacana dirigir essa comédia extremamente desagradável. O cineasta não é um dos melhores, mas ele se superou na falta de qualidade no comando de um filme. Além da visão distorcida sobre universo feminino, a película consegue juntar todos os aspectos negativos do gênero em uma só projeção. Apesar do carisma de Cameron Diaz (As Panteras) e Leslie Mann (Como ser Solteira), as excelentes comediantes se perdem em um longa mal produzido. Novamente vemos em cena a necessidade de dar destaque a personagens femininas vingativas e neuróticas. Além do roteiro fraco, da falta de ritmo e dinâmica do elenco, Mulheres ao Ataque ainda é apelativo e merece ser esquecido para toda a eternidade.
# 01. Destino Insólito (Swept Away, 2002)
O primeiro lugar fica para, talvez, um dos piores filmes feitos pela humanidade. Dirigido por Guy Ritchie (Sherlock Holmes) e estrelado por ninguém menos que Madonna, o longa é uma refilmagem Travolti da un insolito destino nell’azzurro mare d’agosto, longa italiano de 1974. Fracasso de crítica e de público, Destino Insólito fala sobre uma mulher rica e mimada que acaba parando numa ilha exótica e deserta com um rapaz bonitão (Giuseppe Esposito). Obviamente, eles entram em conflito até se apaixonarem. Além da história batida, a película não possui nada que se salve. Atuações tenebrosas, fotografia equivocada, direção atrapalhada, personagens mal construídas e rasamente escritas. Até a própria Madonna tenta esquecer que participou desta produção que, com certeza, não vai ficar para história e jamais deve ser vista ou revista pelo público.