Crítica: X-Men: Apocalipse

Em tempos de blockbusters super esperados e com resultados duvidosos, eu já entrei para assistir X-Men: Apocalipse com os dois pés atrás. E ainda bem que eu fiz isso, senão a frustração ia ser maior. E olha que eu fui uma das que mais gostei na sala em que assisti ao filme.

A história se passa na época em que Magneto e Professor Xavier ainda são jovens e os mutantes da saga original estão surgindo aos poucos. Apocalipse seria o primeiro mutante que apareceu há milhares de anos e está adormecido devido uma transferência de corpo que não deu muito certo. Com a investigação da agente da CIA, Moira MacTaggert, o mutante super poderoso retorna à vida e começa a aterrorizar.

O problema, no entanto, reside logo aí. É de se imaginar que um vilão que se chama Apocalipse e é o mutante mais forte de todos os tempos, além de ter a capacidade de intensificar os poderes dos demais, seja no mínimo quase invencível e muito assustador. Acontece que ele não é nem um nem outro. Ele consegue matar as pessoas com certa facilidade, mas é basicamente jogando areia nelas, o que é muito decepcionante. Além disso, em nenhum momento dá a impressão de que os mocinhos vão perder a batalha.

Tudo isso torna o filme com o roteiro muito duvidoso e acaba estragando o resultado final. Mas também para por aí. Ao meu ver, todo o resto funciona razoavelmente bem. A iniciação de personagens da trama original é sensacional e muito bem feita. Sophie Turner, muito conhecida pelo seu papel de Sansa na série Game of Thrones, dá vida à jovem Jean e o faz perfeitamente. Além da semelhança física, ela conseguiu pegar a essência da personagem por completo.

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Foi muito interessante também ver um pouco mais do Ciclope, personagem pouco explorado no demais filmes e que conseguiu mais espaço neste. Tem ainda a participação de Hugh Jackman como Wolverine em poucas cenas, mas conseguiu ser encaixada de forma natural e que faz sentido na trama. É como se o filme se conectasse com os demais de maneira muito fluida e precisa.

Uma problemática que foi superada foi a questão Jennifer Lawrence. Ela interpreta a Mística, uma personagem que basicamente aparece pintada de azul o tempo inteiro. Ela é assim na sua forma original, mas os estúdios preferiram mostrar mais a cara de Lawrence, já que ela tem um enorme apelo de público, principalmente juvenil. Neste longa, essa dosagem foi suave e bem feita, deixando claro que a Mística é realmente azul, mas mostrando Jennifer tanto quanto as pessoas gostariam.

Esse terceiro filme da nova fase dos X-Men é, no entanto, o pior dos três. Inclusive um personagem faz uma piada com relação a isso durante uma cena. Isso não quer dizer que ele seja péssimo, mas definitivamente decepciona os fãs de plantão.