Chegou neste mês de julho na Netflix o longa Três Estranhos Idênticos, um documentário intrigante sobre a história de trigêmeos que não sabiam dos irmãos e descobrem o fato completamente pelo acaso. Este enredo principal, por si só, já atrai a atenção da maioria dos espectadores. Mas arrisco dizer que isso não é nada comparado ao que vamos descobrindo a medida que o filme avança.
A construção do roteiro deste documentário é muito inteligente e feita para manter o espectador atento o tempo inteiro. Começamos com a parte curiosa da história, sendo apresentados logo de cara a como que os três irmãos se descobriram e a festa que essa descoberta foi, para eles e para o mundo inteiro. As famílias se uniram, o país inteiro ficou comovido com a situação e eles estavam sempre participando de talk-shows. Era uma farra, especialmente para três jovens de 19 anos que estavam adentrando na vida adulta.
A fama trouxe consigo algum dinheiro, que permitiu que eles montassem um restaurante juntos e seguissem com aquele elemento de novidade e curiosidade que movia a todos. No entanto, Três Estranhos Idênticos avança e vai nos mostrando os desdobramentos sombrios desta história. Com um clima de suspense que surge com naturalidade, de repente o espectador já está envolto e incrédulo com a narrativa e o rumo que ela toma.
Vou evitar o spoiler completo, mas a única coisa que adianto para te deixar mais intrigado(a) é que envolve experimento. Sim, experimento! Dito isso, o filme vai descascando várias camadas de histórias que vão surgindo e deixando-nos chocados. É tudo muito inacreditável, mas o documentário logo nos prova que é tudo verdade. Aliás, o uso de ficção é pouco feito e bem explorado, deixando a maior parte da história por conta de cenas e pessoas reais.
Três Estranhos Idênticos deixa uma sensação de choque, incredulidade e reflexão sobre as relações humanas e seus estudos. É um documentário forte, bem feito e que vale a pena ser conferido! No final das contas, o encontro de trigêmeos que não sabiam da existência um do outro foi o menos estranho da história toda.
Direção: Tim Wardle
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