O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Crítica: O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Antes de O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio chegar às telas, O Exterminador do Futuro: A Salvação, de 2009, e O Exterminador do Futuro: Gênesis, de 2015, tentaram de diferentes formas revitalizar a franquia inaugurada por James Cameron em 1984. A Salvação tentava imaginar a resistência de John Connor no futuro. Já Gênesis pretendia um reboot da série que se camuflava de continuação. As duas tentativas foram verdadeiros fiascos, mas como Hollywood está sempre se retroalimentando não seriam esses fracassos que pararia a máquina O Exterminador do Futuro de continuar sendo rentável para seus produtores.

Comparado aos longas de 2009 e 2015, Destino Sombrio é um filme mais consistente, mas nem precisaria muito esforço para conseguir isso. No entanto, ainda que apresente pontualmente esforços de revitalizar a franquia e oferecer novas perspectivas para a história, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio é uma continuação tardia, sofrendo o impacto que a redundância de tramas, temas e personagens trouxeram para a saga com tantas tentativas de permanecer relevante no imaginário e bolso dos fãs.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

O filme conta como aditivo a volta de Linda Hamilton ao papel de Sarah Connor mantendo um vigor impressionante como heroína de ação. Hamilton divide cena com outras duas personagens femininas interpretadas com semelhante competência por Mackenzie Davis e Natalia Reyes. Ao longo da trama, algumas ideias de continuidade do universo surgem como faíscas interessantes de originalidade, mas que jamais são exploradas com muita perspicácia pelo roteiro, que apela para cacoetes como flashbacks trazendo para a trama uma certa dispersão. As cenas de ação conduzidas pelo diretor Tim Miller também não são muito marcantes, parecendo genéricas em meio ao amontoado de super-produções que chegam todos os anos aos cinemas.

Caso surgisse como sequência de O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final de 1991, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio talvez fosse mais bem apreciando. Chegando em 2019 nas telas e depois de tantas abordagens para esse universo, o filme soa redundante, demonstrando a cada avanço da história sua necessidade de maior polimento. A sensação é que, atualmente, para um filme da franquia O Exterminador do Futuro tirar do público a má vontade com os filmes da saga será de suma importância oferecer uma obra que coloque de ponta-cabeça os lugares comuns desses personagens e das tramas do universo que integra.

Direção: Tim Miller
Elenco: Linda Hamilton, Mackenzie Davis, Natalia Reyes, Arnold Schwarzenegger, Diego Boneta, Tristán Ulloa, Ferran Fernández, Tom Hooper

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