Crítica: Magic Mike XXL

Channing Tatum retorna no papel de Mike
Channing Tatum retorna no papel de Mike

Se você está esperando um grande roteiro ou uma história bem fundamentada e cheia de sentido, melhor procurar outro filme para ver. Agora, se a sua intenção é apenas se divertir, rir bastante e melhorar o humor, pode apostar que Magic Mike XXL é a sua melhor escolha do momento. Bom, pelo menos se você for mulher ou gay.

Eu serei sincera ao afirmar que não sei até agora qual o enredo deste filme. De forma superficial e reduzida, o que posso dizer é que o grupo de strippers retorna mais uma vez neste longa. Mike largou a profissão e resolveu seguir a carreira de design de móveis. Ele criou uma empresa, que vai levando com certa dificuldade, porém muita motivação. Depois de uma brincadeira de mau gosto, ele acaba se reencontrando com seus antigos colegas da noite, que vão seguir em uma última turnê até a convenção em Miami. Chateado e deprimido, depois que a mulher recusou seu pedido de casamento, Mike resolve acompanhar os amigos para se divertir um pouco.

Bom, é basicamente isso. Daí pra frente é o óbvio. O filme é a jornada deles até chegar na convenção e se apresentar. Mas gente, me perdoem a informalidade, não é preciso mais nada. O grupo é extremamente divertido e tem uma dinâmica interessante.

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É preciso deixar claro uma coisa. A ideia de uma sequência é puramente mercadológica. O primeiro filme foi o maior sucesso de bilheteria, então era natural que uma sequência fosse produzida. Porém, diferente do primeiro, esse não tem vergonha de mostrar o que propõe e não fica fazendo rodeios.

Enquando o primeiro filme tenta (sem sucesso) criar uma história, mixar drama com ação com suspense com romance, o segundo simplesmente vai ao ponto: um monte de homem tirando a roupa e sensualizando na frente da telona. Provavelmente por isso, o segundo consegue se sair melhor. Ao assumir seu objetivo, ele o cumpre muito bem.

A narrativa, como um todo, venera o mundo feminino. Os protagonistas falam sempre em dar prazer às mulheres, deixá-las felizes e tudo mais. Como se eles fossem psicólogos sexuais. E é bem isso que acontece. Em uma sala de cinema grande, 80% era mulher, 18% gay e os outros 2% eram de homens perdidos ou que foram obrigados pelas namoradas. Dois saíram no meio da sessão. Paciência.

O fato é muito simples. Pouco enredo, pouca narrativa, nenhuma atuação fantástica (não são ruins também, vale deixar claro), mas isso não torna o filme ruim. Ao contrário, é extremamente agradável, leve e entretém. A pessoa sai da sessão dando risada à toa. Então, acredito eu, ele já é suficientemente bom, só por isso.