Jurassic World – Domínio chega aos cinemas para deixar os fãs de dinossauros em polvorosa. Isso porque este longa consegue unir as duas franquias, Jurassic World e a saudosa Jurassic Park. Por si só, isso já seria motivo o suficiente para ficarmos bastante empolgados com a trama. Indo além, o longa nos oferece um toque de nostalgia na medida, nos fazendo envolver novamente com a história.
O mundo agora convive diariamente com os dinossauros, depois que a Ilha Nublar foi destruída. É algo como andar na rua e se deparar com algum desses bichos. Ainda assim, os cientistas estudam os impactos que isso pode ter na ordem da Terra, nas cadeias alimentares e tudo mais. Enquanto isso, Claire (Bryce Dallas Howard, Rocketman) e Owen (Chris Pratt, Vingadores: Ultimato) lidam com a presença de Maisie (Isabella Sermon, Jurassic World: Reino Ameaçado), a garota que foi clonada pela filha do dono do Jurassic Park e agora é perseguida por uma grande corporação.
Ellie Sattler (Laura Dern, História de Um Casamento) ressurge incrível e maravilhosa para investigar o aparecimento de insetos gigantes que estão devastando plantações inteiras e aterrorizando as pessoas. Ela pede a ajuda, então, de seu grande amigo das antigas Alan Grant (Sam Neil, Thor: Ragnarok) já que tem uma suspeita de que uma grande corporação está fazendo uma mutação genética.
Jurassic World – Domínio é um grande serviço aos fãs, pois toca em todos os pontos de memória afetiva que podemos ter. Eles relembram cenas e personagens a todo momento, mas de maneira sutil para não perder a personalidade do longa em questão. São animais que surgem, reencontros carinhos, personagens fisicamente parecidos com anteriores e por aí vai. Cena após cena, somos imersos mais uma vez neste universo.
E é justamente essa imersão que faz o filme funcionar muito bem. Eu particularmente sempre critiquei Jurassic World por não conseguir fazer o espectador se envolver tanto quanto Jurassic Park. E esse filme corrige muito bem este problema. Não sei se apenas pela retomada de personagens principais da trilogia anterior ou pelo próprio roteiro que adota estratégias inteligentes.
Tratando tudo com mais objetividade, o longa não tem um grande plot twist ou milhares de inimigos que vão surgindo tal qual ratos do bueiro. Ele segue uma linha mais dos anos 1990 (que muito me agrada), onde não se tinha tanta pressa em contar a história, pois se criavam menos arcos narrativos. Desta forma, conseguimos nos envolver mais e comprar a ideia que está sendo vendida ali.
A relação de Claire e Owen tem esse adicional de ter uma filha na personagem de Maisie e como o casal se une para defender aquilo que ama e acredita. Eles não são o grande foco deste filme (e com razão), mas ainda assim seguem como protagonistas. Temos ainda a adição simpática de Kayla (DeWanda Wise, Paternidade) que funciona com uma ótima coadjuvante na história.
O grande trunfo de Jurassic World – Domínio, no entanto, é retomar a dinâmica de Ellie e Alan. E como é bom relembrar o quanto eles eram ótimos em cena. Uma parceria que deu certo lá atrás e só reforçou aqui. Os dois se reencontram depois de anos de falta de contato e a chama de uma possível relação amorosa ressurge, deixando o espectador ansioso com essa possibilidade. Mesmo sem ter muitas informações sobre a missão, Alan rapidamente topa a proposta de Ellie pois sabe que vai sair daquela fase de inércia e solidão em que se encontra.
Não acho que ser um serviço aos fãs seja um demérito, principalmente quando temos equilíbrio e um roteiro bem trabalho. E é justamente isso que acontece aqui em Jurassic World – Domínio. Ainda que tenham algumas falhas de ritmo no meio do caminho, o filme funciona muito bem e é um ótimo entretenimento, até mesmo para aqueles que não são fãs assíduos do parque dos dinossauros.
Direção: Colin Trevorrow
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Jeff Goldblum, Laura Dern, Sam Neil, DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Isabella Sermon
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