Um filme com muita testosterona. É isso que você pode esperar de Invasão a Londres. Se o primeiro filme, Invasão à Casa Branca, já era suficientemente surreal, esse extrapola qualquer limite da noção. Ainda assim, não podemos afirmar que seja um filme ruim, longe disso. Mas também não está nenhum pouco próximo de ser um filme bom.
A história é muito simples. O primeiro-ministro britânico morre de parada cardíaca e todos os principais líderes mundiais vão ao seu velório. Claro que a maior preocupação de todos os envolvidos é que essa concentração de pessoas importantes acaba atraindo atentados terrorista. Mike Banning, que já defendeu o presidente dos EUA no primeiro filme, retorna como um agente poderoso e com ar de invencível, que vai salvar a pátria mais uma vez.
Aliás, já que citei a pátria, começo falando dela. É sabido que o povo americano é bastante apaixonado por seu país. Mas esse filme não consegue enxergar esse limite de forma alguma. É de um patriotismo exagerado, colocando o presidente dos EUA acima de Deus e de todos, fazendo com que as pessoas desejem loucamente matá-lo. Isso fica muito claro quando os terroristas atacam Londres e conseguem matar 4 ou 5 líderes mundiais, mas o presidente americano sai vivo. Qualquer pessoa razoável pensaria que “deixa para outra oportunidade”. Mas não, né?! O presidente americano tem que morrer, nem que precise sitiar a cidade inteira como se estivesse na guerra.
Outro detalhe é o excesso de testosterona. É uma disputa constante para ver quem é o mais machão da história e chega uma hora que isso simplesmente fica cansativo demais.
O roteiro também não é lá grandes coisas, mas o primeiro filme também não era, então não rolou essa pretensão. O que incomoda, na verdade, é o mesmo motivo que conforta: a ação. Se por um lado ela é completamente sem sentido e previsível, por outro ela consegue manter o espectador entretido do começo ao fim, sem entediar. Por isso, afirmo que o longa não é de todo ruim. É possível se salvar alguma coisa, embora eu tenha sérias dificuldades de enxergar que coisa é essa.
O elenco, por exemplo, é bem interessante, composto por Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman e Angela Bassett. Ou seja, muita gente de peso que consegue aliviar a decepção de quem assiste. Quando nada, pelo menos estamos assistindo boas performances.
Para quem curte um filme de ação e não está tão preocupado com o roteiro, é uma boa pedida para o fim de semana.