Crítica: 3 Dias Para Matar

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3 Dias para Matar é o tipo de filme que não se decide muito bem para onde vai e fica naquele limbo de ser bom ou ruim. Não compreenda mal, o filme diverte e deixa a sensação de “legal” quando acaba a sessão. Mas repito que isso não quer dizer uma coisa boa, necessariamente.

A história mostra um agente da CIA que é super bem cotado para realizar os serviços, mas tem uma péssima relação com a família, por sempre estar ausente. Ele acaba descobrindo que está com câncer no cérebro e que tem pouquíssimo tempo de vida. O agente então toma a decisão de largar o emprego e tentar retomar a relação perdida com a filha e com a ex-mulher. No entanto, neste meio tempo, ele conhece uma mulher misteriosa que faz uma proposta irrecusável: fazer um serviço e matar uma pessoa, em troca de um remédio experimental que promete prolongar a sua vida. Na tentativa de ter um pouco mais de tempo com a família, ele topa a proposta e tenta trabalhar escondido para que a filha e a ex não descubram.

Ok, este é um enredo sem grandes novidades. Mas não é por isso que não entretém. O filme é bem dinâmico e divertido. As cenas de ação são cortadas por momento de risada e piadas. O grande problema é que isso é feito de forma nem um pouco natural. Você consegue dividir perfeitamente qual cena se propõe ao humor e qual cena se propõe à ação. Então por mais que seja interessante, isso torna o filme nem um pouco fluido.

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É estranho e engraçado ver como Kevin Costner parece com o personagem na vida real, no quesito idade. Ele sempre foi o bonitão que fazia papéis de ação incríveis e meio que continua sendo isso, sem contar a parte dos papéis incríveis. A brincadeira com a idade dele no longa remota a situações vividas em Os Mercenários por todos os atores, mas neste filme é feito de forma cansativa e mal explorada.

O que é impossível de compreender no filme é o estilo da personagem vivida por Amber Heard. Ela está no último nível de canastrice e incomoda demais a forma forçada com que ela se porta, se veste e até anda. É como se você pegasse um personagem de um filme estilo Sin City (e lá faz sentido) e jogasse na trama. Muito estranho mesmo e não faz o menor sentido. A ideia da personagem poderia ter sido executada de forma completamente diferente, para se encaixar no enredo, que vamos combinar, já é desencaixado o suficiente.

O diretor McG realmente perdeu a mão completamente neste filme, mas ainda assim consegue colocá-lo na categoria de legal. O longa é cortado por cenas bem feitas e interpretações legais, como da jovem Hailee Steinfeld. A química entre ela e Costner sustenta boa parte do enredo e salva o contexto.