O longa Cidades de Papel é o segundo inspirado em um livro homônimo do autor John Green. Ele ficou famoso, inicialmente, com A Culpa É Das Estrelas, que ganhou as telonas no ano passado, conquistando fãs pelo mundo interior. Menos dramático, esse filme traz uma reflexão interessante sobre a importância de nossas ações para a construção de um futuro.
Neste filme, o jovem Quentin Jacobsen é apaixonada desde sempre por sua vizinha, Margo Roth Spiegelman. Depois de muitos anos de paixão platônica, ela entra de repente em seu quarto pedindo ajuda para colocar em prática um plano engenhoso para se vingar do namorado, que a trai. Depois da noite incrível que eles passam, Margo desaparece sem deixar rastros, iniciando um grande mistério.
É importante começar ressaltando que não se trata de um filme clichê. Pelo menos é o que as críticas vêm afirmando. Nosso colega Wanderley Teixeira, que já conferiu o longa, fez questão de dizer que ele agrada gregos e troianos, até mesmo aqueles que não gostaram do primeiro título do autor. Aliás, é plausível se esperar que John Green se torne uma espécie de Nicholas Sparks dos adolescentes. Em menos de 10 anos e com apenas 37 de vida, ele já publicou seis livros, garantindo a adaptação cinematográfica de quatro deles. O próximo que deve chegar aos cinemas é Quem é Você, Alaska?, que deve começar a ser filmado no ano que vem.
O legal, no entanto, é que ele sabe falar a língua dos adolescentes. Suas narrativas são suaves, honestas, corretas, encantadoras e conseguem envolver o jovem, sem precisar apresentar um universo inimaginável ou cenas exaustivas de sexo e paixões avassaladores. Ele fala do cotidiano da juventude, das relações possíveis.
Se A Culpa é das Estrelas trouxe um alvoroço por ter Shailene Woodley como protagonista, que já vinha fazendo sucesso com Divergente, Cidades de Papel não é diferente. No papel principal, Cara Delevingne, modelo de sucesso que teve sua estreia no cinema em 2012, com Anna Karenina. Já o rapaz, Nat Wolff, fazia o amigo do ator principal de A Culpa é das Estrelas. Tudo em casa, no final das contas.
As críticas estão muito favoráveis. Primeiro afirmam que a fidelidade ao livro é muito bem trabalhada, tornando-se tão bom quanto ele. O próprio autor disse, em entrevista, que as mudanças de enredo que ocorreram na adaptação apenas torna o filme ainda melhor que o livro.
Cidades de Papel mostra que é possível fazer um filme adolescente que, ainda assim, encanta os adultos e traz lições de vida importantes, sem ser apelativo. É uma experiência válida, que promete satisfazer completamente os espectadores que forem conferir no cinema.
Confira o trailer legendado!