10 filmes vencedores do Oscar disponíveis na Netflix

A temporada de premiações do cinema em 2016 terá o seu fim quando o anúncio dos vencedores da 88ª edição do Oscar for feito em cerimônia realizada em Los Angeles nesse domingo (28). Como preparação para o evento, elencamos uma seleção de títulos vencedores do prêmio de melhor filme que estão disponíveis no Netflix e que valem a pena ser vistos ou revistos em uma maratona especial para aquecer os motores para a noite do Oscar 2016. Veja abaixo:

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Beleza Americana (1999)

Estreia do diretor Sam Mendes no cinema (o mesmo realizador dos dois últimos filmes da franquia 007), Beleza Americana é um drama repleto de ironia sobre o modelo de vida da família de classe média norte-americana. No filme, Kevin Spacey, que três anos antes havia ganhado o Oscar de melhor ator coadjuvante por Os Suspeitos, vive Lester, um chefe de família entediado com o seu emprego e com sua vida doméstica ao lado da esposa Carolyn (papel da ótima Annette Bening) e da filha depressiva Jane. Quando Lester se apaixona por Angela, amiga de Jane, ele decide dar fim a sua entediante rotina.

Vencedor de 5 Oscars: Melhor filme, diretor (Sam Mendes), roteiro original (Alan Ball), ator (Kevin Spacey) e fotografia.

Indicado ainda a: Melhor atriz (Annette Bening), montagem e trilha sonora original.

Concorreu com: Regras da Vida; O Informante; À Espera de um Milagre; O Sexto Sentido.

 

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Se meu Apartamento falasse (1960)

Billy Wilder, anteriormente vencedor do Oscar por Farrapo Humano (melhor diretor e roteiro) e Crepúsculo dos Deuses (melhor roteiro), venceu a estatueta principal por esse filme que traz Jack Lemon como um homem que cede o seu apartamento para que seus chefes tenham seus encontros amorosos com suas respectivas amantes.  Por meio desse recurso que encontra para ter um cargo melhor na empresa que trabalha, o personagem de Lemon acaba se apaixonando por uma das amantes dos executivos, personagem interpretada por Shirley MacLaine.

Vencedor de 5 Oscars: Melhor filme, diretor (Billy Wilder), roteiro original (Billy Wilder e I.A.L. Diamond), montagem e direção de arte

Indicado ainda a: Melhor ator (Jack Lemon), atriz (Shirley MacLaine), ator coadjuvante (Jack Kruschen), fotografia, som

Concorreu com: Álamo, Filhos e Amantes, Entre Deus e o Pecado, Peregrinos da Esperança

 

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Chicago (2002)

Um dos principais títulos da leva responsável por trazer de volta os musicais para as telas dos cinemas (e para a cerimônia do Oscar) junto com Moulin RougeChicago era um filme que trazia a estreia do coreógrafo da Broadway Rob Marshall na direção de um longa-metragem. O filme era baseado na obra homônima de Bob Fosse e Fred Ebb que narrava a história de Roxie Hart (Renée Zellweger), uma aspirante a cantora que assassina o próprio amante e começa a articular dentro da própria cadeia um circo midiático para safá-la da pena de morte e ainda dar-lhe a fama que tanto sonhou por toda uma vida. Apesar de todo o tom escapista do musical, Chicago acaba sendo uma crítica a todo um sistema de culto às celebridades criminais.

Vencedor de 6 Oscars: Melhor filme, montagem, atriz coadjuvante (Catherine Zeta-Jones), figurino, direção de arte e som

Indicado ainda a: Melhor diretor (Rob Marshall), roteiro adaptado (Bill Condon), atriz (Renée Zellweger), atriz coadjuvante (Queen Latifah), ator coadjuvante (John C. Reilly), fotografia e canção original (“I move on”)

Concorria com: As Horas; O Pianista; Gangues de Nova York; O Senhor dos Anéis – As Duas Torres

 

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Sindicato de Ladrões (1954)

Primeiro Oscar da carreira de Marlon Brando, que na década de 1970 viria a ganhar o seu segundo prêmio por O Poderoso ChefãoSindicato dos Ladrões rendeu o segundo Oscar de melhor diretor a Elia Kazan, com quem o ator já havia trabalhado em Uma Rua Chamada Pecado e que já tinha um Oscar de direção por A Luz é para Todos. Kazan conquistou em definitivo a Academia com esse filme polêmico para a sua época sobre um ex-pugilista metido nas ações criminosas de um grupo de gângsters que controla as atividades do sindicato dos trabalhadores das docas de Nova York. O longa é polêmico porque na sua época foi apontado como uma clara declaração de Kazan contra as atividades sindicais. O diretor também estava envolvido na efervescente discussão sobre os efeitos do macarthismo em Hollywood, sendo acusado até mesmo de perseguir alguns dos seus colegas da indústria com delações ao governo de práticas de comunismo nos EUA.

Vencedor de 8 Oscars: Melhor filme, diretor (Elia Kazan), roteiro (Budd Schulberg), montagem, ator (Marlon Brando), atriz coadjuvante (Eva Marie Saint), fotografia e direção de arte.

Indicado ainda a: Melhor ator coadjuvante (Lee J. Cobb, Karl Malden, Rod Steiger) e trilha sonora original.

Concorria com: Amar é SofrerA Nave da Revolta; Sete Noivas para Sete Irmãos; A Fonte dos Desejos

 

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Kramer vs. Kramer (1979)

O drama vencedor da estatueta principal na cerimônia de 1980 conferiu a Meryl Streep o primeiro Oscar da sua carreira, o de melhor atriz coadjuvante. No filme, a atriz junta-se a Dustin Hoffman para contar a história de uma família abalada pelo divórcio. A personagem de Streep sai de casa e deixa marido e filho para reconstruir sua própria vida. A partir disso, o personagem de Hoffman fica por 18 meses cuidando sozinho do filho de 5 anos enquanto administra os rumos da sua própria carreira. Quando a personagem de Streep retorna a Nova York, entra com uma ação judicial para ter a guarda da criança e o casal enfrenta diversos fantasmas do seu casamento mal-sucedido. O longa de Robert Benton mexeu com a sociedade da época por trazer de maneira delicada temas que estavam em evidência como as novas dinâmicas familiares e a emancipação feminina, contemplando de maneira equilibrada os dois lados do drama.  Além do casal principal, o menino Justin Henry foi indicado a melhor coadjuvante e tornou-se aos 8 anos de idade o mais jovem ator indicado ao Oscar.

Vencedor de 5 Oscars: Melhor filme, diretor (Robert Benton), roteiro adaptado (Robert Benton), ator (Dustin Hoffman) e atriz coadjuvante (Meryl Streep).

Indicado ainda a: Melhor ator coadjuvante (Justin Henry), atriz coadjuvante (Jane Alexander), fotografia e montagem.

Concorria com: Apocalypse Now; All that Jazz – O Show deve Continuar; Norma Rae; O Vencedor ou Correndo pela Vitória.

 

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Perdidos na Noite (1969)

Um jovem cowboy texano (Jon Voight) chega a Nova York e começa a ganhar a vida como garoto de programa prestando serviços sexuais a algumas mulheres ricas. Em um dia de trabalho, o rapaz acaba conhecendo um homem com deficiência física que aplica alguns golpes nas ruas da cidade e os dois passam a ser grandes amigos. O filme foi bastante polêmico pelas questões que acabava abordando e ficou conhecido por ser um dos títulos com classificação indicativa mais alta a ser premiado pelo Oscar na sua categoria principal. Trata-se também do primeiro filme protagonizado por Dustin Hoffman, que interpreta o deficiente físico Enrico, a vencer o Oscar de melhor filme. Logo em seguida, outros filmes com o nome do ator encabeçando o elenco ganhariam o mesmo prêmio, foram eles Kramer vs. Kramer , de 1979, e Rain Man, de 1988.

Vencedor de 3 Oscars: Melhor filme, diretor (John Schlesinger) e roteiro adaptado (Waldo Salt).

Indicado ainda a: Melhor ator (Jon Voight, Dustin Hoffman), atriz coadjuvante (Sylvia Miles) e montagem.

Concorria com: Butch Cassidy; Z;  Alô, Dolly!; Ana dos Mil Dias.

 

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Onde os Fracos não têm Vez (2007)

Vencedor em um ano considerado por muitos cinéfilos como a edição do Oscar que trouxe alguns dos melhores filmes indicados ao prêmio principal, Onde os fracos não têm vez deu aos irmãos Joel e Ethan Coen, que até então só tinham o prêmio de melhor roteiro original por Fargo, três estatuetas na mesma noite: roteiro adaptado (o longa é baseado no livro de Cormac McCarthy), direção e filme (ambos também são produtores do longa). O filme traz a história de um homem que pega uma mala cheia de dinheiro no deserto após avistá-la na cena de um crime. O personagem passa a ser perseguido por um matador de aluguel disposto a resgatar a maleta. Até hoje, o desfecho do longa dá nó na cabeça de muita gente…

Vencedor de 4 Oscars: Melhor filme, diretor (Joel e Ethan Coen), roteiro adaptado (Joel e Ethan Coen) e ator coadjuvante (Javier Bardem)

Indicado ainda a: Melhor montagem, fotografia, edição de som e mixagem de som

Concorria com: Sangue Negro; Desejo e Reparação; Juno; Conduta de Risco

 

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Coração Valente (1995)

O segundo longa dirigido por Mel Gibson (o primeiro havia sido O Homem sem Face) era um épico que narrava a história de William Wallace, um escocês que declarou guerra ao cruel monarca inglês Edward I após ter a sua esposa brutalmente assassinada por ingleses. Wallace, até hoje considerado um herói na Escócia, passa a liderar um exército que disposto a lutar pela independência de sua terra no século XIII. Apesar de ser um dos seus mais conhecidos filmes, Coração Valente não rendeu a Mel Gibson uma esperada indicação ao Oscar de melhor ator. Como compensação, o australiano ao menos faturou os Oscars de melhor filme (ele também é produtor desse filme) e diretor. Estas foram as primeiras e únicas indicações ao Oscar da carreira de Mel Gibson. O feito não se repetiu com outros longas dirigidos por ele, como A Paixão de Cristo, de 2004, e Apocalypto, de 2006.

Vencedor de 5 Oscars: Melhor filme, diretor (Mel Gibson), fotografia, maquiagem, mixagem de som.

Indicado ainda a: Melhor roteiro original (Randall Wallace), montagem, figurino, trilha sonora original e edição de som.

Concorreu com: Apollo 13; Razão e Sensibilidade; O Carteiro e o Poeta; Babe – O Porquinho Atrapalhado.

 

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Amor, Sublime Amor (1961)

O filme é ambientado no lado oeste de Nova York (daí o título original ser West Side Story) e traz como trama principal a história de amor entre Maria (Natalie Wood) e Tony (Richard Beymer), ambos pertencentes a lados rivais de uma disputa entre gangues de rua. Maria é irmã do líder dos Sharks, um grupo de descendência porto-riquenha. Já Tony pertence aos Jets, um grupo de origem anglo-saxônica. O musical foi o primeiro filme a conferir a estatueta de melhor diretor a dois realizadores, a segunda oportunidade aconteceria com a vitória dos irmãos Coen por Onde os fracos não têm vez. Apesar de não ter sido indicada por seu trabalho nesse filme, Natalie Wood teve grande destaque na premiação daquele ano já que seu trabalho em Clamor do Sexo, filme de Elia Kazan, lhe rendeu uma nomeação ao Oscar de melhor atriz.

Vencedor de 10 Oscars: Melhor filme, diretor (Robert Wise e Jerome Robbins), montagem, ator coadjuvante (George Chakiris), atriz coadjuvante (Rita Moreno), fotografia, figurino, direção de arte, trilha sonora original e som.

Indicado ainda a: Melhor roteiro adaptado (Ernest Lehman).

Concorria com: O Julgamento de Nuremberg; Desafio à Corrupção; Fanny; Os Canhões de Navarone.

 

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O Último Imperador (1987)

O filme traz a história de Pu Yi, último imperador da China declarado na função com apenas três anos de idade. O jovem viveu toda a sua vida enclausurado e passa a conhecer o mundo aos 24 anos, quando o seu governo é deposto por revolucionários. Ele seria devolvido a China como prisioneiro político aos 50 anos após ser preso pelos soviéticos quando estava na Manchúria. Pode-se dizer que O Último Imperador é um dos maiores vencedores do Oscar na história da premiação da Academia já que foi vitorioso em todas as categorias que recebeu nomeação. O longa rendeu duas estatuetas a Bernardo Bertolucci, um dos cineastas italianos mais importantes da história do cinema. Desde então, Bertolucci não retornou à premiação da Academia de Hollywood por nenhum dos seus filmes posteriores.

Vencedor de 9 Oscars: Melhor filme, diretor (Bernardo Bertolucci), roteiro adaptado (Bernardo Bertolucci e Mark Peploe), montagem, fotografia, direção de arte, figurino, trilha sonora original e som

Indicado ainda a: –

Concorria com: Feitiço da Lua; Atração Fatal; Nos Bastidores da Notícia; Esperança e Glória