De Pernas pro Ar 3

Crítica: De Pernas pro Ar 3

Investindo num terceiro capítulo, a franquia De Pernas pro Ar retorna aos cinemas com De Pernas pro Ar 3. Protagonizado por Alice Segretto, empresária do ramo do sex shop interpretada por Ingrid Guimarães, a comédia mais uma vez aposta em temáticas que são pauta de um universo feminino circunscrito por ela, dessa vez colocando em voga a estimulada rivalidade entre mulheres com a chegada de uma jovem concorrente para a personagem principal.

A franquia de Ingrid Guimarães rendeu duas boas comédias que apostavam no ótimo timing cômico da atriz, abordando com nenhuma vulgaridade (o que é raro em se tratando de comédias populares) a sexualidade e o universo de produtos do ramo. O terceiro filme chega com uma certa falta de fôlego, exaurindo conflitos já explorados nos filmes anteriores, entre eles a dificuldade que Alice tem de conciliar vida doméstica e trabalho. Nada de novo.

De Pernas pro Ar 3

De Pernas pro Ar 3 até que se esforça para encerrar com originalidade a franquia nacional, dando nuances a relações como aquela que Alice estabelece com a jovem empresária Leona, mas deixa para trás o tom divertido e despretensioso dos filmes anteriores para apostar em longuíssimas DRs entre as personagens femininas e duas entediantes figuras masculinas do elenco, o esposo de Alice interpretado por Bruno Garcia e o filho da protagonista, praticamente um clone do pai em se tratando de chatice.

A direção de Julia Rezende é protocolar, mas não é algo que afeta o longa, o seu problema mesmo é um roteiro que parece não ter o mesmo despojamento dos anteriores e ganha ares artificialmente sério. O terceiro De Pernas pro Ar surge como algo protocolar e nem mesmo explora as possibilidades da sua talentosa protagonista como o primeiro e o segundo.

Direção: Julia Rezende
Elenco: Ingrid Guimarães, Bruno Garcia, Denise Weinberg, Cristina Pereira, Samya Pascotto, Maria Paula, Stepan Nercessian, Claudia Mauro Cauã Reymond

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