Crítica: Truque de Mestre – O 2º Ato

Nesta quinta-feira, entra em cartaz no circuito o longa Truque de Mestre: O 2º Ato. Dirigido por Jon M. Chu (G.I. Joe – Retaliação), que substitui Louis Leterrier, realizador do primeiro filme, a continuação é um grande desastre e é difícil encontrar nele algum elemento de salvação. São quase duas horas de projeção, mas a sensação do espectador é que se passou o dobro do tempo. Apesar da tentativa de ser eletrizante, a sequência do filme de 2013 é entediante, tudo o que um thriller não deve ser.

No elenco, aparecem figuras como Michael Caine, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Lizzy Caplan, Daniel Radcliffe e Morgan Freeman. Apesar desses e outros nomes bacanas no cast, a interpretação de todos na película é irritante. Os atores criam uma atmosfera fake no tom da fala, não possuem uma boa dinâmica em cena e chegam a irritar ainda mais nos momentos nos quais o filme tenta propiciar um tom de mistério.

O ponto mais negativo é a personagem Thaddeus Bradley, interpretado por Morgan Freeman. O ator pode até ser incrível, mas não no segundo Truque de Mestre. Quem já assistiu a animação South Park deve lembrar da fama do ator de entrar nas cenas para traduzir para o público o que aconteceu na história. Porém, a película é tão óbvia que a função de Morgan Freeman é inútil e acaba por tirar seu espectador do sério.

3-nysm

Se há algum culpado para o fracasso do elenco, contudo, o maior culpado é o roteiro de Ed Solomon (também co-roteirista do primeiro filme) e Pete Chiarelli. Cada frase é uma bomba maior que a outra. Repetição de palavras, frases de efeito, subestimação do público. Como a projeção conta a trajetória de um grupo de mágicos, os Cavaleiros, há uma insistência em explicar constantemente, pelo menos duas vezes, os truques feitos pela equipe ou por seus inimigos. Além de evidenciar como os criadores são pretensiosos e acreditam que construíram uma trama tão elaborada que precisa de diversos relatos do ato (o que não é), a estratégia é maçante e corta o clima de ação do longa.

Se é óbvio, não tem ação. Se não tem roteiro bem construído, não gera interesse. Aliás, nem vale a pena citar a sinopse, porque não faz diferença nenhuma se você entende, desde o início, que eles irão se safar. As atuações vão de ruim até o irritante. Nada de especial sobre a trilha ou qualquer outro quesito técnico. Se você gosta de filme de ilusionismo e magia, o melhor mesmo é esperar esse passar na Sessão da Tarde.

Assista ao trailer do filme: