Crítica: Rogue One – Uma História Star Wars

Rogue One está em cartaz nos cinemas de todo Brasil e traz uma nova história dentro do universo intergalático de Star Wars. Com um clima de ação crescente e emoção na medida, o novo longa da saga obtém êxito em contar para o público como agem os rebeldes para descobrirem os planos da Estrela da Morte e dar início para o enredo de Uma Nova Esperança.

Numa espécie de spin-off, a película aposta em decisões corajosas, mostrando as dificuldades e conquistas de uma guerra, sem medo de arriscar em desmantelar o coração do espectador e com tom certo para os impactar. Dirigido por Gareth Edwards V (Godzilla, 2014), o filme conta a trajetória de Jyn Erso (Felicity Jones), uma garota forte e corajosa que viveu uma vida intensa de luta e dificuldades.

Após ser resgatada pela Aliança Rebelde, Erso precisa trazer para eles uma mensagem que seu pai enviou para o guerreiro Saw Guerrera (Forest Whitaker), na expectativa de receber liberdade após realizar a missão corretamente. A partir disto, a trama começa engatar e a dinâmica da história a crescer. Jyn, que no início parecia meio incerta, de personalidade ainda não definida, vai tomando forma e expandindo suas complexidades junto com a trama.

A dinâmica do elenco é equilibrada e as conexões entre elas não soam falsas, pois, no pouco tempo de narrativa, são construídas com paciência e sinceridade. Ainda assim, individualmente, algumas personagens não tocam o público, porque há muita informação na história para que haja um espaço para que eles possam ser desenvolvidos. Rogue One é como um pequeno flash de conteúdo e essa passagem rápida das personas ficcionais não abala o resultado final, porque essa condição ajuda o impacto do último ato.

A trilha sonora, composta por Michael Giacchino (Doutor Estranho), é correta e imprime as sensações ideias para quase todas as cenas. Em alguns momentos ela soa apelativa, não casando com as imagens da tela, dando uma sensação de tentativa de aumentar a ação das sequências ou emocionar exageradamente. Ainda assim, a trilha têm momentos relevantes como na luta ambientada na praia ou nos minutos finais!

E os derradeiros minutos de Rogue One poderiam valer o longa inteiro. Do desfecho de Jyn até a última fala da película, o espectador quase não respira. Há conteúdo para os fãs que deliram em suas poltronas, existe um clima sombrio que faz o público prender a respiração e, obviamente, o gancho perfeito para Star Wars IV! Toda a jornada de Erso e seus companheiros de batalha é costurada, sem deixar furos no roteiro. O  spin-off cumpre sua missão de contar para a plateia porque existe uma nova esperança e quem a trouxe de volta.

Assista ao trailer!