Crítica: November Man – Um Espião Nunca Morre

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O ator Pierce Brosnan volta às telonas mais uma vez como um agente secreto com problemas pessoais que precisa conciliar as duas coisas e não deixar que o mundo desabe enquanto isso. Qualquer semelhança com James Bond, é mera coincidência (ou não). A falta de novidade, de uma informação a mais que faça com que você lembre do filme, é que “mata” o contexto como um todo.

A história começa falando de Peter Devereaux, espião da CIA interpretado por Brosnan que segue em uma missão com um colega de trabalho que está em treinamento, David Mason. A missão acaba dando errado e uma criança morre. Passados cinco anos e afastado da corporação, Devereaux é chamado por um ex-colega para participar de uma nova missão. Ele aceita mas não tem noção em que tipo de problema ele vai se meter.

Analisando diretamente a questão da atuação de Brosnan, o fato é que ele está muito bem. A atuação dele segue estável como toda sua carreira e ele apresenta um bom personagem. Fisicamente, parece que o tempo não passou desde sua última participação na série 007. Uma ou outra cena, o espectador consegue ver seu lado galã gritando, porém muito bem controlado por Pierce.

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Seu colega de cena, Luke Bracey, desenvolve um bom trabalho e consegue contracenar com muita tranquilidade com o protagonista. Ao mesmo tempo que ele respeita o espaço de Brosnan, consegue marcar seu ponto e mostrar sua atuação. Boa escolha! Outra que se destaca é Olga Kurylenko. Apesar da cara de coitadinha que dura boa parte das cenas, ela consegue mostra evolução com relação aos seus trabalhos anteriores. Ainda assim, rola um sofrimento desnecessário que faz com que ela não pareça tão natural quanto gostaria.

É interessante o rumo que a história vai tomando, que vai tendo uma veia política bem trabalhada. Acredito que isso é que atrai o espectador. Reforço que o filme não é ruim. É bom, sim, e entretém. É muita ação desde o início, semanas bem construídas e uma história congruente.

O grande problema do filme é que ele não consegue se destacar dos demais longas de ação. Passando dois dias que assisti ao filme, tive sérias dificuldades de lembrar detalhes de enredo e personagens, muito embora tenha gostado. Não é ruim, definitivamente, mas ao final da sessão fica a sensação de um filme que não acrescenta em nada, não traz nada novo e que você passaria muito bem a vida sem assistir. Acaba sendo frustrante.