Crítica: Negócio das Arábias

Com foco total no protagonista, que tem como objetivo se reencontrar, muito além de regular sua situação financeira, Negócio das Arábias nos apresenta um roteiro modesto e agradável, com personagens interessante e uma história muito simples.

Alan Clay é um empresário falido que busca uma oportunidade de se reerguer na carreira a partir da venda de um programa na Arábia Saudita. Ele vai até o local, onde tem que se adequar àquela cultura completamente diferente da sua e se misturar da melhor forma possível para que tenha sucesso no negócio.

O longa nos traz várias diferenças culturais e religiosas, principalmente em se tratando de um país islâmico. Ainda assim, eles conseguem fazer isso de forma mais natural possível, sem estigmatizar tanto quanto poderiam. Uma grata surpresa, em se tratando de uma produção europeia/americana.

Neste novo lugar, Alan encontra com as mais variadas pessoas e cada um lhe causa um desconforto diferente. Todos acabam contribuindo para sua mudança no estilo de vida e percepção da vida. Ele, que chegou com o objetivo de passar pouco tempo e retornar correndo para a filha, acaba vendo que os lugares mais improváveis são, às vezes, aqueles onde nos encontramos.

Sim, existem vários clichês e reações óbvias. Mas como afirmei, o roteiro modesto e agradável nos faz receber tudo com muita tranquilidade. Tom Hanks conduz muito bem o protagonista, enquanto sua parceira Sarita Choudhury mostra o lado oposto. Eles possuem ótima química. As cenas se tornam mais leves com a presença de Yousef, um jovem motorista que sempre ajuda nos atrasos de Alan.

Como um todo, o filme não necessariamente é memorável, mas é bom da sua forma.

Assista ao trailer:

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