Crítica: Liga da Justiça

Liga da Justiça é o quinto filme do Universo Estendido DC e traz a busca de Bruce Wayne por justiça e restituição da paz na humanidade. Ele se une à Diana Prince para recrutar um time de heróis que poderá ajudar na luta contra uma nova ameaça que surge aos poucos. Novos personagens são apresentados, com foco em um objetivo comum.

Quem é fã de super-heróis no melhor estilo de “super-heróis” vai ficar muito satisfeito com o resultado do longa. São boas cenas de ação, onde os heróis mostram suas habilidades e ainda intercalam com momentos de diversão. A excelente química do elenco é o ponto mais alto do filme e com certeza fez toda a diferença.

O roteiro tem certa linearidade na história, que vai sendo contada e construída aos poucos. Talvez o problema resida, no entanto, no fato de que fica um pouco confuso. Muitas narrativas paralelas, muitos personagens. Não chega a prejudicar o andamento do enredo, mas definitivamente poderia ter sido apresentado de uma forma melhor.

Liga da Justiça é um filme leve e divertido, mostrando que a interação super acertada do elenco é seu ponto forte. Gal Gadot retorna no papel de Mulher-Maravilha, mostrando que ela é, com absoluta certeza, a melhor heroína adaptada ao cinema. Ela é natural e incorpora com facilidade a personagem. O próprio Ben Affleck, que foi tão escorraçado pelos fãs quando o escolheram para interpretar Batman na primeira vez, já veste melhor o papel e está visivelmente mais à vontade.

O acréscimo de novos protagonistas, como Aquaman, vivido por Jason Momoa, Flash, interpretado por Ezra Miller e Ray Fisher na pele de Cyborg, também trouxe um elemento além para Liga da Justiça. Eles têm química entre si, dando uma sensação ainda maior de parceria ao novo grupo que está se formando.

Como aconteceu em outros filmes da DC, como é o caso de Esquadrão Suicida, o vilão é um dos pontos mais fracos do longa. Assim, não é como se ele fosse inexpressivo como foi o caso de Cara Delevingne na película citada, mas também não é tão marcante. Ele deixa claro o perigo real que a sociedade vive, mas não infringe exatamente desespero no espectador. Sendo assim, esse antagonismo deixou bem a desejar.

No entanto, como de forma geral o filme é bem equilibrado, a fraqueza do vilão pode ser relevada com prazer. Liga da Justiça tem muitos momentos de diversão, risadas, mas não chega a ser escrachado como Thor: Ragnarok. Esses momentos são intercalados com lutas e emoção, como é o caso da principal cena em que Lois Lane aparece. Por sinal, deixo aqui meu apreço à Amy Adams neste papel.

Dos filmes da DC, Mulher-Maravilha continua sendo o melhor de todos e mais redondinho, sem discrepância e desequilíbrio. No entanto, Liga da Justiça nos apresenta novas possibilidades e de uma forma leve e fluida. Criou-se um universo harmonioso e parceiro, deixando o espectador com vontade de ver novos capítulos. Vale a pena conferir!

Assista ao trailer!

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