Crítica: Entre Irmãs

O longa nacional Entre Irmãs estreia nesta quinta-feira e chega para mostrar todo o nosso potencial cinematográfico. O drama conta a história de duas irmãs, protagonizadas por Nanda Costa e Marjorie Estiano, que vivem no sertão pernambucano. A realidade delas começa a mudar quando o cangaço chega à cidade e leva uma das irmãs embora. A partir daí, o enredo se desenrola com as mudanças que cada uma sofre e os caminhos que elas tomam.

O mote principal da narrativa é que cada irmã toma caminhos completamente diferentes e vivem experiências distintas. Aquela que queria ser dama e viver um conto de fadas finalmente consegue realizar o sonho, mas descobre que nem tudo é tão perfeito assim. Já aquela que vai viver com o cangaço descobre o amor no lugar mais impensável e acaba descobrindo sentimentos que nunca imaginou que fossem possíveis.

Um dos pontos fortes do longa é a trilha sonora. A equipe teve muito cuidado com essa parte e isso fez toda a diferença. As cenas, além de reunirem um figurino e fotografia bem feitos, é realçada com uma trilha cuidadosa e bem escolhida. É isso que dá o tom dramático à trama, que envolve o espectador do começo ao fim.

Aliás, envolvimento é um termo que define a história como um todo. O espectador se vê sentindo cada cena que é exposta, vivendo aquelas dores e torcendo pelos personagens. E tudo isso só é possível, certamente, devido à escolha acertada de elenco, que compõe perfeitamente a história. Embora nós possamos destacar todos os atores e atrizes que participam de Entre Irmãs, o holofote vai mais para Nanda Costa, que nos presenteia com uma interpretação coerente e emocionante. Ela divide a tela brilhantemente com Marjorie Estiano, que também está excelente no papel da dama.

O filme é longo mas consegue conduzir bem a história, não se tornando cansativo. Alguns momentos do roteiro são um pouco óbvios e acabam sendo solucionados muito rápido pelo espectador. Mas nada que prejudique o resultado final. Entre Irmãs é um bom exemplo que a valorização do cinema nacional vale a pena e o que nos falta é mais oportunidade e investimento. Vale a pena conferir!

Assista ao trailer!

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