Crítica: Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

O longa Arranha-Céu: Coragem Sem Limite estreia amanhã (12) nos cinemas e traz muita ação e tensão para os espectadores. Como é de se esperar do seu perfil de filme, Dwayne Johnson precisa resgatar sua família em perigo no maior prédio do mundo que foi construído em Hong Kong, com mais de 200 andares. Para isso, ele definitivamente aposta todas as fichas.

A história por si só não traz muita novidade. Um magnata rico construiu um arranha-céu com 220 andares em Hong Kong. O diferencial é que esse edifício possui uma dinâmica própria, com parques, comércio, empresas e moradias, tornando-se uma espécie de cidade verticalizada e autossuficiente. Ele contrata o personagem de The Rock para verificar os itens de segurança da construção e poder lançar a segunda etapa que ainda está sem funcionamento. No entanto, tudo começa a dar errado quando um incêndio criminal acomete um dos andares.

Vamos lá que não podemos esperar tanto de um filme desses, afinal, são tantos similares que dificilmente ele trará algum elemento de novidade e surpresa para o espectador. O interessante de Arranha-Céu: Coragem Sem Limite é que ele consegue manter um ritmo muito bom de ação e tensão. Aliás, tensão essa que faz qualquer um ficar sem piscar os olhos por muito tempo.

Johnson é, naturalmente, um cara fortão e corajoso. Embora ele tente parecer um pouco mais “comum” e sem essa coragem toda, esse perfil cai por terra quando ele simplesmente pula de um guindaste em cima de um prédio em direção ao arranha-céu. Sim, você leu certo. Ele se joga de um lado a outro numa altura sem precedentes (ele está mais ou menos no 100º andar , o que deve dar pelo menos uns 300 metros de altura) e consegue. Ali ficou muito claro o propósito do filme: não ter compromisso com a verdade. Mas ouso dizer que é isso que o faz divertido e pertinente, pois não acredito que alguém assista esse tipo de longa esperando que não tenha umas boas mentiras.

De maneira geral, o roteiro é atraente, mesmo que sem novidades. Novamente, afirmo que isso se deve ao ritmo constante e coerência do elenco. Equipe essa que é composta ainda por Neve Campbell, nossa eterna Sidney de Pânico, e Chin Han, ótimo ator cingapuriano. Na direção, o relativamente novato Rawson Marshall Thurber, que traz um tom interessante e mostra seu apreço por Dwayne (segundo filme de três que eles trabalharam juntos).

O filme tem um 3D completamente dispensável que não favorece em nada toda a dinâmica do filme. Aliás, uma oportunidade perdida, já que, como o roteiro se passa em grande parte no alto, poderiam ter explorado toda essa questão da vertigem e medo de altura. Ainda, a computação gráfica deixa muito a desejar em algumas cenas, que claramente não se esforçaram para causar confusão na cabeça do espectador.

No entanto, com prós e contras, Arranha-Céu: Coragem Sem Limite é um filme que entrega o que promete. Um entretenimento de ação e tensão, com boa dose de mentiras e, efetivamente, uma coragem sem limites do protagonista. Não tem tanta personalidade como Missão Impossível ou Duro de Matar, mas com certeza tem seu charme.

Assista ao trailer!