Crítica: 50 São os Novos 30

Não há muito o que dizer sobre a nova comédia romântica estrelada, dirigida e roteirizada por Valérie Lemercier (As Férias do Pequeno Nicolau). Aqui, sem grandes surpresas, o espectador encontra uma série de clichês e estereótipos já vistos no gênero. Marie Francine (Lemercier) é uma cientista sem muita vaidade, que é deixada pelo marido por uma moça vinte anos mais nova.

A premissa, já desgastada, poderia ser salva pelo desenvolvimento da trama. Infelizmente, não é isto que acontece. Em menos de trinta minutos de projeção já é possível saber como serão s encaminhamentos e o desfecho do longa.

Além da obviedade dos acontecimentos postos na narrativa, 50 São os Novos 30 não tem ritmo. Em constante lentidão, ele torna-se tedioso e cansativo. A mistura de obviedade com pouco dinamismo deixa a sessão um tanto dolorosa. Com um roteiro preguiçoso, os conflitos também não motivam quem assiste a, ao menos, sentir-se entretido. Desta forma, os 95 minutos não se justificam.

O elenco não joga em cena e segue por trazer estratégias um pouco apelativas, mais para o pastelão. Obviamente, que o estilo cômico poderia ter sido concretizado bem, porém o tom escolhido não combina com a suavidade que o filme parece buscar. Enquanto há uma leveza – quase fastidiosa – nas falas dos atores, seus gestos parecem desejar performar mais e o casamento dessa tentativa não provoca riso ou empatia, pois a vontade que pode prevalecer no público é de que a exibição termine o mais rápido possível.

Há, no entanto, um respiro diante de tanto enfado. Hélène Vicent, que interpreta a mãe da protagonista, traz certo vigor para a tela. Em meio à pasmaceira presente na história, ela vem com uma energia mais vibrante, que sua personagem pede. A atriz consegue fazer o texto crescer, ainda que ele seja até um tanto ofensivo no que se refere às mulheres.

Assista ao trailer!

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